A doença de Alzheimer é uma das principais causas de demência na população. Os sintomas avançados são bem conhecidos, como o declínio cognitivo, a perda de memória e da autonomia. Mas cientistas têm se voltado cada vez mais para descobrir marcadores iniciais do quadro, que permitam um diagnóstico precoce – estágio em que há novas opções terapêuticas para retardar a patologia.
Nesta semana, pesquisadores do renomado Instituto Karolinska, na Suécia, publicaram um estudo na revista científica Molecular Psychiatry em que descreveram um sinal precoce do Alzheimer até então desconhecido: um aumento metabólico nas mitocôndrias de uma parte do cérebro chamada hipocampo. Para os responsáveis pelo trabalho, a descoberta abre caminho não apenas para um diagnóstico mais cedo, mas para novos métodos de intervenção precoce na doença.
“Essa doença começa a se desenvolver 20 anos antes do início dos sintomas, por isso é importante detectá-la precocemente . Especialmente tendo em conta os medicamentos retardadores que estão começando a chegar. Alterações metabólicas podem ser um fator diagnóstico importante nisso”, diz Per Nilsson, professor associado do Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade do Instituto Karolinska, em comunicado.