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Atos pró e contra saída de Dil

Atos pró e contra saída de Dilma em Teresina acompanharam votação.

Publicada em 17 de Abril de 2016 �s 20h41


Manifestações contra e favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorrem em Teresina neste domingo (17) em locais diferentes. Telões instalados na Praça da Liberdade e na Avenida Raul Lopes transmitem a sessão na Câmara Federal que vai decidir se o impedimento da presidente Dilma Roussef será aceito ou não.

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No Centro da capital, manifestantes a favor de Dilma e contra seu impeachment se aglomeram na Praça da Liberdade, em ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). "As pessoas estão cansadas dessa briga política. Todas as manifestações feitas foram para evitar este dia, porque não tem fundamento este processo de impeachment. O problema do governo foi formar uma composição com pessoas sem compromisso, que viraram as costas quando surgiu a oportunidade", disse Paulo Bezerra, presidente da CUT no Piauí.
Confira o álbum de fotos das duas manifestações.

Já na Avenida Raul Lopes, embaixo da Ponte Estaiada, Zona Leste de Teresina, integrantes do movimento #vemprarua apoiam a saída da presidente Dilma. "Temos que mostrar a indignação com o atual governo e a situação que nosso país está vivendo. Uma crise que vem causando desemprego e o governo não faz nada, corrupção estourando como o caso da lava-jato, além das pedaladas fiscais. Isso tudo é crime e temos que mudar. Pela segunda vez o pais se mobiliza de forma grave para pedir mudar de governante" afirmou Manoel Lopes, um dos organizadores do ato.
Segundo a organização do ato a favor do impeachment, cerca de 1.000 pessoas estiveram presentes. Já a Polícia Militar calculou 300 pessoas. Na manifestação na Praça da Liberdade que defende a presidente Dilma, a PM apontou 500 presentes; a organização não quis dar estimativa de público.
Placas com os dizeres ‘Facistas não passarão’, ‘Pela Democracia’ e ‘Não ao Golpe’ foram exibidas pelo presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Piauí, Márcio Maia, no ato contra o impeachment no Centro de Teresina. "Não sou ligado a nenhum partido, só estou contra este momento de golpe. Superando esta fase de crise, vamos apresentar ao governador do Piauí um documento direcionado a presidente Dilma, no qual pedimos mudanças no rumo da política com os movimentos sociais", explicou Márcio.
A aposentada Elizabeth Leite, de 70 anos, se manifesta a favor do processo de impedimento, portando uma placa com críticas ao ex-presidente Lula. "Mesmo aposentada eu vim para a rua em apoio ao impeachment. Nosso país está vivendo de mentiras e o PT não fez nada. O que vemos a cada dia é roubo e mais roubo. Falta de projetos sociais e emprego para nosso povo. Por isso quero uma mudança imediatamente" afirmou a aposentada de 70 anos.

O coordenador do Movimento Sem Terra no Piauí (MST), João Luís, nomeia o processo de impeachment como o terceiro turno das Eleições de 2014. Para ele, tirar a presidente do governo é golpe. "Não entendemos este processo como impeachment, mas sim como um golpe. Estamos hoje no terceiro turno. Para ser impeachment ele deveria ser legítimo e a presidente teria que cometido crime administrativo. Nós do MST vamos continuar nas ruas para lutar pela democracia, independente do resultado de hoje", contou.

As aposentadas Tereza Serra, Virgínia Medeiros e Alzira Carvalho pintaram os rostos e de camisas com as cores da bandeira do Brasil vieram para a avenida para apoiar o impeachment. "Estamos indignadas com essa situação do nosso povo. A democracia vai vencer e a presidente vai ser destituída legitimamente. Viermos para a rua para tirar esse governo e punir os corruptos desse país" falou Virgínia.
Maria Gonçalves, representante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), diz que o pedido de impeachment é golpe, já que Dilma Rousseff foi eleita pela democracia. 'Isto o que estão fazendo é golpe, não existe crime administrativo para um impeachment. A oposição fala em Justiça, mas como vamos acreditar nela, se o processo é coordenado pelo primeiro réu da Lava-Jato, que é o Eduardo Cunha?", disse.

Luan Leal, engenheiro civil, veio com os amigos para manifestar sua insatisfação com o atual governo e apoiar o impeachment. "Não sou a favor do que está acontecendo com a nossa politica brasileira. Está acontecendo muito desvio de verba, roubo do dinheiro público e o resultado é a crise econômica. Sou a favor de uma renovação e um novo governo, por isso impeachment já", contou.
Houve princípio de confusão no ato a favor do impeachment. Dionísio Carvalho, ex-secretário executivo do meio ambiente e recursos de Teresina, segurava um cartaz com os dizeres “Fora Dilma, fora Temer. Novas eleições já”, quando foi hostilizado pelos manifestantes. “Não aceitamos esse tipo de comportamento de ser a contra o impeachment. Ele estava aqui para provocar baderna”, disse Manoel Lopes, um dos organizadores do ato. “Eu não estou a favor de nenhum partido, estava apenas mostrando minha indignação com a política atual”, disse Dionísio.
Protesto bloqueia BR-343
Manifestantes contra o Impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) bloquearam totalmente a BR-343, via que liga as cidades de Floriano e Amarante, Sul do Estado, no início da manhã deste domingo (17). Segundo a organização, mais de 200 pessoas participam do manifesto. Já segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Piauí, são cerca de 70. A interdição da via aconteceu por volta das 9h10 e só foi liberada após intensas negociações com a polícia às 12h40.
Jogo cancelado
Por conta do ato, o ônibus que levava o time do Corri-Sabbá ficou preso na rodovia e não conseguiu chegar a Teresina em tempo hábil para o jogo contra o PIuaí, pela sexta rodada do Campeonato Piauiense. Diante da situação, a Federação de Futebol do Piauí (FFP) confirmou que o jogo foi cancelado. Nesta segunda-feira, a entidade se reune para definir a nova data da partida.

Veja passo a passo como será a sessão deste domingo:
– Antes dos deputados votarem, terá a palavra por 25 minutos o relator Jovair Arantes.

– Os líderes partidários poderão usar a palavra. O tempo varia de 3 a 10 minutos, de acordo com o tamanho da bancada, além de mais um minuto para orientação do voto dos deputados da legenda.

– A votação é por chamada nominal. A ordem começará com deputados do Norte e será feita alternância entre parlamentares do Norte e do Sul. Dentro de cada estado, a ordem de chamada é alfabética.

– Cunha vai decidir na hora se sai da Presidência para votar na chamada dos deputados do Rio ou se votará por último.

– Cada um dos deputados é chamado ao microfone para anunciar seu voto. Eles se levantam, vão ao microfone e respondem "sim" (aprovação), "não" (rejeição) ou "abstenção".

– Cada deputado deve gastar, em média, 30 segundos para votar, contando deslocamentos e pequenos discursos. Não haverá encaminhamento de votação nem questões de ordem nesse período.

– Os votos serão registrados por quatro secretários posicionados na Mesa, próximos do presidente Eduardo Cunha. Um registra os votos "sim", outro os "não", o terceiro registra as abstenções, e o quarto, os deputados ausentes.

– Quando o deputado anunciar seu voto, o secretário do voto correspondente diz em voz alta o nome do deputado, o voto e quantos votos daquele já existem.
– Terminada a chamada dos 513, faz-se uma segunda chamada dos que estavam ausentes na primeira.

– Com 342 votos "sim" (2/3 dos 513 deputados), o parecer é aprovado e é autorizada instauração de processo de impeachment da presidente da República. Caberá ao Senado decidir se processa e julga a presidente.

– Se não alcançar 342 votos, o parecer pró-impeachment é arquivado.



Tags: Processo de impeachm - Atos pró e contra

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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