A avó da jovem Gerciane Pereira de Araújo, 25 anos, assassinada com requintes de crueldade em Teresina, disse que a família vinha sofrendo ameaças e que neta foi vista pela última vez saindo de casa na companhia de um casal na madrugada da quarta-feira (16). Segundo a comerciante Francisca das Chagas Pereira de Sousa, a neta era usuária de drogas e nos últimos tempos andava acompanhada de pessoas ligadas ao tráfico. O corpo da jovem foi encontrado por populares ao lado do Cemitério São José com um grande corte no abdômen e o órgão sexual retirado e colocado na boca da vítima.
Francisca das Chagas relatou que estava no mercado do bairro Mafuá quando ouviu populares comentando sobre o corpo que havia sido encontrado na região. Ela resolveu voltar para casa e ligar para a neta, que não atendeu as ligações. “Imediatamente fui ao Instituto Médico Legal e pedi para reconhecer o corpo e vi que se tratava da minha neta porque ela tinha uma tatuagem na perna direita”, relatou a avó.
“Estamos chocados com o que aconteceu. Já tinha pedido para ela parar de andar com gente ruim e de usar drogas, mas ela não me ouviu. A mãe dela disse que viu um casal pegando ela de carro lá em casa e essa mulher seria a namorada da minha neta. Eu trabalhava dia e noite para dar de tudo para ela e os irmãos, não precisava ela se envolver com drogas”, contou ainda a comerciante.
Gerciane Pereira de Araújo morava com a avó, os pais e uma filha de seis anos na Rua Rodrigues dos Santos, Morro da Esperança, Zona Norte da capital. O velório foi realizado nesta quinta-feira (17) na residência da vítima e ainda de acordo com a avó, um primo de Gerciane foi morto após ter assassinado a companheira e depois do crime toda a família passou a sofrer ameaças.
A Delegacia de Homicídios está investigando o caso e segundo o delegado Francisco Barêtta, pelo menos seis pessoas já foram ouvidas. Ainda de acordo com o delegado, policiais do 2º Distrito Policial encontraram uma faca na casa de um suspeito e o objeto foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser periciado.
“O crime já está praticamente elucidado e acredito que ainda vamos prender o suspeito ainda em flagrante.Sabemos que a vítima esteve em três bares antes de ser morta. No primeiro estabelecimento ela foi vista acompanhada de uma pessoa, depois foi para outro lugar e em seguida pegou um mototaxi onde teria ido encontrar o possível suspeito”, disse o delegado.