A Bovespa fechou em alta nesta quinta-feira (22), após três sessões de queda, influenciado pelas pesquisas de intenção de voto na eleição para presidente.
O Ibovespa subiu 1,15%, para 52.806 pontos. Veja cotação
Na semana, a bolsa tem queda acumulada de 2,17%. No ano, há valorização de 2,52% e no mês, de 2,29%.
Divulgado no início da tarde, o levantamento do Ibope apontou que as intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff subiram para 40%, sobre 37% na sondagem anterior, em abril. A oposição, no entanto, teve maior crescimento. O senador Aécio Neves (PSDB) subiu para 20%, de 14%, e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) avançou para 11%, de 6%.
O Ibovespa chegou a subir 1% depois da divulgação da pesquisa, moderando o passo em seguida. "O mercado está enxergando que a oposição melhorou, mas, ao mesmo tempo, os 40% da Dilma são um banho de água fria para quem achou que o jogo estava virando", disse à Reuters o operador Pedro Arantes, da corretora BGC Liquidez. "Agora está mais complicado falar sobre o cenário eleitoral."
No último mês, o mercado comemorou a queda de Dilma em pesquisas eleitorais em um momento de ceticismo sobre a condução da política econômica do país.
Arantes acrescentou que o fato de a bolsa já ter recuado no início da semana com a expectativa de crescimento de Dilma ajudava a manter o Ibovespa em alta na sessão, assim como o ingresso contínuo de recursos de investidores estrangeiros.
Ações
As ações da Petrobras tiveram um dia de volatilidade, já as da Vale deram sustentação ao mercado. Os papeis da mineradora subiram com a notícia de que a indústria da China registrou a melhor performance em cinco meses em maio, segundo indicador preliminar do HSBC, embora ainda tenha contraído ligeiramente.
"O pessimismo que todo o mercado tem com China arrefeceu um pouco", disse à Reuters o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora. Além disso, nesta quinta-feira, os preços do minério de ferro no mercado à vista da China, principal destino das exportações da Vale, mantiveram recuperação ante a mínima de 20 meses.
No setor financeiro, a ação do Banco do Brasil subiu, recuperando uma parcela da perda superior a 7% de quarta-feira. Os papéis foram derrubados por decisão do Superior Tribunal de Justiça em favor dos poupadores no caso sobre perdas geradas por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 no rendimento da poupança.
O caso no STJ pode influenciar no montante da indenização que está sendo pleiteada por poupadores no Supremo Tribunal Federal (STF). A Febraban, associação que representa os bancos, afirmou que as instituições vão recorrer da decisão do STJ.
O Credit Suisse elevou sua estimativa de impacto no sistema financeiro de R$ 33 bilhões para R$ 89 bilhões com a decisão. No entanto, analistas liderados por Marcelo Telles ressalvaram que cabe ao STF definir o número de beneficiários no caso, o que poderia reduzir a potencial perda dos bancos.
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