Publicada em 22 de Maio de 2012 �s 22h47
"É o cúmulo da cara de pau sair e dizer que acha que teve incursão de grupos guerrilheiros no nosso país", afirmou Capriles, dizendo que "os grupos guerrilheiros estão permanentemente na nossa Venezuela" e que o governo é "cúmplice" das Farc.
Na segunda (21), Chávez declarou que não permitirá a entrada de paramilitares das Farc na Venezuela e colaborará com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em uma operação de combate à guerrilha na fronteira entre os dois países.
Apesar da declaração, o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, declarou que uma unidade do grupo armado tem sua base no Estado venezuelano de Zulia, ao lado do departamento de La Guajira, na Colômbia.
PESQUISAS
Capriles ainda criticou as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, que apresentam ampla vantagem para Chávez, afirmando que os números são "truncados". Os institutos apontam vantagens de quatro a 36 pontos para o atual mandatário.
"Que grande debilidade para o governo se tem que se abraçar a uns números truncados. É bom eles terem cuidado com os números, que eles continuem acreditando na sua conta. O importante é que eu não acredite e eu não acredito. Tenho um compromisso com os venezuelanos e ninguém vai nos tirar desse compromisso".
O adversário de Chávez também fez referência a setores da oposição que acreditam que a campanha eleitoral não acontece de modo adequado. "O dia que algumas pessoas falem bem da nossa campanha temos que nos preocupar. Os venezuelanos esperam propostas, a agenda da politicagem deixo para outros".
IMPRENSA
Capriles, 39, acusou o governo de ter um "aparelho de propaganda política" e que "são capazes de inventar qualquer coisa" para tirar o crédito da candidatura, como a suspeita de que jornalistas foram atacados em atos públicos de campanha.
"Tive que lidar com isso durante todos esses anos e nunca perdi uma eleição e a eleição mais importante, não para Capriles, mas para a Venezuela será em 7 de outubro e vamos ganhar porque vai ganhar o futuro", afirmou.
Em virtude das supostas denúncias, o governo venezuelano informou que os jornalistas do Sistema Nacional de Meios Públicos irá aos atos do candidato opositor com capacetes e equipes de segurança.
A Agência Venezuelana de Notícias informou nesta segunda (21) que no último sábado (19) uma repórter e um cinegrafista da emissora estatal VTV foram agredidos em um comício de Capriles, no Estado de Amazonas, no sul do país. O Ministério Público venezuelano declarou que investigará o caso.