O perito Antônio Nunes, que participa das investigações da morte da estudante Fernanda Lages, confirmou nesta terça (03), que uma nova reconstituição da morte de Fernanda Lages será feita essa semana. Em entrevista ao Notícia da Manhã, o perito explicou algumas lesões que foram encontradas no corpo e que havia impressões digitais no celular dela.
Segundo Antônio Nunes, a reconstituição usará um boneco com o mesmo peso e altura da estudante. "Ainda falta uma parte da reconstituição com o boneco e com a mureta no chão para tentar ver a correspondência das posições com as lesões no corpo. Será revisada também a cronometragem da chegada até lá em cima. As simulações do momento da queda serão feitas agora com a mureta no chão", afirmou.
Serão estudadas três possibilidades: quando a queda é acidental, o corpo cai rente ao prédio; quando a vítima é empurrada, o corpo cai a uma certa distância, percorrendo uma parábola; e quando a vítima se joga, a distância entre o corpo e o prédio é maior.
Um dos pontos mais importantes da investigação é a cronometragem do tempo que Fernanda levou da chegada à obra até o momento em que foi jogada. Neste intervalo, na subida das escadas, ela sofreu várias escoriações pelo corpo.
"Ela tinha 1.17 de álcool no sangue, mas há diferença de efeito do álcool de organismo para organismo. As amigas disseram que ela havia consumido cinco cervejas e duas doses de uísque, mas ela costumava beber muito mais. Havia sangue nas mãos, na coxa, havia saliva. Havia sangue distante do cadáver, em local incomum para a situação. Colocaram e retiraram papelão de 3 a 4 vezes. Havia escoriações no ombro, na coxa, no tornozelo e três escoriações no braço, que correspondem com a borda cortante da escada. Ela caiu na escada do lado direito do corpo", declarou.
Ainda segundo o perito, o celular da estudante quebrou no momento da queda. Foi quando parou de funcionar. Isso indica a hora do crime. "Há impressões digitais no celular, no carro e por toda obra", afirmou.