Piaui em Pauta

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'Cheguei a pedir para ele morr

'Cheguei a pedir para ele morrer em casa', diz pai que esperou 12h por UTI.

Publicada em 30 de Maio de 2016 �s 18h13


"Cheguei a pedir para o hospital liberar e ele para morrer em casa ao lado da família". A declaração é de Claúdio Fernando da Silva Pires que recorreu ao Plantão Judiciário no domingo (29),em Teresina, para conseguir uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o filho. O garoto de 7 anos, foi picado por uma cobra cascavel e apresentou quadro de insuficiência renal.

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Pai da criança acompanhou o menino durante todo este domingo no HUT (Foto: Reprodução/TV Clube)

“Eu já esperava pelo pior. Não acreditava que conseguiríamos uma UTI para meu filho. Estava com a sensação de que ele iria morer porque tinha presenciado três paradas cardíacas", relatou o pai. A vaga na UTI só surgiu 12 horas depois que o menino deu entrada no Hospital de Urgência de Teresina.
“Graças a Deus, ele está consciente, medicado e sendo cuidado. Ainda conversa pouco, mas acredito que seja por conta dos remédios que ele está tomando. Tenho fé que o pior já passou e em breve voltaremos para casa. É triste ser preciso recorrer à Justiça para ter seus direitosâ€, afirmou o pai da criança.

A direção do Hospital Natan Portella informou que o menino está na UTI com quadro de saúde estável, sem risco de morte. Conforme a unidade, a criança foi submetida a hemodiálise e passa por avaliação permanente para definir a necessidade de outros procedimentos.
A autorização judicial saiu somente após a espera de 12 horas, mas para o pai do garoto o tempo de angústia foi muito maior, já que a criança foi picada enquanto brincava com os colegas na terça-feira (24). Os primeiros atendimentos foram feitos em Timbiras, no Maranhão, onde a família reside.
De lá, o menino foi transferido para o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina, onde os pais foram informados de que a criança precisaria de uma UTI e ainda passaria por hemodiálise. Uma nova transferência foi realizada, desta vez para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT ) que também não tinha disponível.
Foi através de um irmão de Claúdio Fernando da Silva que o menino conseguiu uma liminar determinando que o hospital internasse a criança, seja em leito público ou na rede privada. A internação ocorreu no Hospital Natan Portela.

A direção do HUT esclareceu que o paciente foi encaminhado sem contato prévio entre as Centrais de Regulação dos Estados do Maranhão e Piauí e que a ausência deste tipo de procedimento coloca em risco a vida de pessoas.
Gilberto Albuquerque, diretor geral do HUT, explica que as transferências de pacientes sem prévio comunicado ou autorização pela Central de Regulação, conforme normas vigentes, prejudica o atendimento acarretando, inclusive, sérios riscos à saúde desses pacientes. “São casos que se repetem e o HUT não tem como assegurar este atendimento sem que ocorra esta comunicação entre as instituiçõesâ€, ressaltou o diretor.
Morando no hospital
Desempregado e sem ter familiares morando em Teresina, Claudio Fernando e a esposa fazem um revezamento para acompanhar o filho pelo tempo que ele permanecer internado.
O casal conta apenas com ajuda de um amigo que reside em Timon, cidade vizinha a Teresina. “ Dormi na casa deste amigo que também me deu uma quantia para que eu comprasse comidaâ€, comentou.
Enquanto a esposa acompanha o filho no hospital, o pai criança aguarda pela melhora do menino do lado de fora. “Não quero sair de perto em nenhum instanteâ€, disse.
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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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