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Comandante de navio na Itália

Comandante de navio na Itália é detido e pode ser acusado de homicídio.

Publicada em 14 de Janeiro de 2012 �s 21h35


 Francesco Schettino, comandante do Costa Concordia, navio que naufragou na noite de sexta-feira (13) na costa italiana, próximo à ilha de Giglio, matando ao menos três pessoas, foi detido para interrogratório neste sábado, segundo informou o procurador da localidade, Francesco Verusio.

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O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, foi detido em Grosseto, na Itália.


Schettino foi ouvido durante várias horas por Verusio, após o navio que levava 4.229 pessoas ter encalhado a 500 metros da ilha toscana, na cidade de Grosseto.

Também foi detido para interrogatório o primeiro oficial do navio, Ciro Ambrosio.

Segundo o jornal italiano "Corriere della Sera", o comandante do navio e seu oficial podem ser acusados de homicídio culposo e abandono do navio enquanto ainda havia muitos passageiros a bordo.

O Costa Concordia se dirigia ao porto de Savona, no norte da Itália, e se chocou contra rochas perto da ilha de Giglio, na região costeira da Toscana.

O Concordia fazia uma rota com duração de sete dias pelo mar Mediterrâneo, com escalas nas cidades de Savona (Itália), Marselha (França), Barcelona (Espanha), Palma de Maiorca (Espanha) e nas italianas Cagliari, Palermo e Civitavecchia.




O navio transportava 53 brasileiros entre os 4.229 a bordo, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores. Desse total, havia 47 passageiros e seis tripulantes.

Anteriormente, o ministério havia informado que 46 brasileiros estavam no acidente. Segundo o Itamaraty, os 53 brasileiros foram identificados e retirados da área, na região da Toscana.



O ministério disse ainda que a origem das informações, até o momento, é a "companhia de cruzeiros que organiza os resgate e distribui os resgatados pelos hotéis da região da Toscana, ao norte da Itália", informou o ministério pelo telefone.

Parentes de brasileiros que estavam na embarcação podem ligar para a operadora Costa Cruzeiros para pedir informações sobre o acidente: 0/xx/112123-3673 ou 0/xx/11/2123-3679.

Também é possível obter informações sobre sobreviventes ou vítimas no consulado na capital italiana ou pelo site do Itamaraty.

MORTOS

Entre os mortos confirmados, há dois turistas franceses e um peruano, membro da tripulação, de acordo com a imprensa italiana. A equipe médica que realiza o resgate das vítimas afirmou que as três pessoas teriam se afogado. Os corpos se encontram no necrotério de Orbetello, próximo ao porto de São Stefano.

O prefeito de Grosseto, Giuseppe Linardi, confirmou a morte de apenas três pessoas e afirmou que há 14 feridos.

A empresa Costa Cruzeiros, dona do Costa Concordia, informou em comunicado neste sábado que oito pessoas morreram após a tragédia e ao menos 80 estão desaparecidas. Segundo o jornal italiano "Corriere della Sera", 43 pessoas ainda permanecem desaparecidas.

Segundo a imprensa italiana, o navio começou a afundar após encalhar em um banco de areia. A empresa Costa Crociere destacou que "até o momento não é possível definir as causas do problema".

O arquipélago onde está situada a Ilha de Giglio fica a cerca de 80 km de distância de Roma. Segundo relatos da imprensa europeia, após o encalhe da embarcação pequenas barcos tentaram a ajudar no resgate dos passageiros e tripulantes.

A Guarda Costeira chegou a informar que "os passageiros não corriam perigo" e eram retirados em botes salva-vidas do navio Costa Concordia. Porém, ao retirar os últimos membros da tripulação uma fenda se abriu, causando vazamentos internos.

De acordo com o site do Costa Concordia, a embarcação "é o maior e mais imponente navio de toda a frota Costa com 112 mil toneladas, mais de 500 varandas privativas nas 1.500 cabines".

ELATO

O relato de um brasileiro que estava no navio que naufragou ontem à noite na costa italiana descreve momentos de medo e angústia. Segundo o consultor Carlos Frederico Bezerra, 46, que estava com 16 integrantes de sua família, o encalhe do navio provocou "um solavanco, como se fosse a pancada de uma embreagem de carro quebrando".

Bezerra jantava e pôde ver talheres e pratos sendo derrubados, pessoas escorregaram, e um cenário de pânico generalizado. Em seguida, foram emitidos avisos sonoros, pedindo calma e afirmando que tudo estava sob controle, segundo ele. Na sequência, houve um apagão.

"Teve, então, uma mensagem para a tripulação, que vestiu o colete salva-vidas. Aí nos avisaram para ir para ao deque e pegar os barcos salva-vidas. Não é tão simples entrar num barquinho", diz.

O brasileiro conta que está sem documentos e apenas um sobrinho tem cartão de crédito porque levou o objeto para o jantar. Os passaportes, segundo relata, ficaram em poder do navio.

Bezerra e seu grupo foram encaminhados para a igreja matriz da ilha de Giglio, a 80 km de Roma, onde ocorreu o naufrágio. Com as roupas usadas no jantar, em ambiente de 23ºC, agora terão de passar a noite a 6º C na igreja. Ele conta que a população da ilha distribuiu mantas, o navio deu capas de plástico.
Tags: Comandante de navio - Navio na Itália

Fonte: folha.com �|� Publicado por: Da Redação
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