Representantes do Conselho Municipal de Transporte Coletivo debateram nesta sexta-feira (21), na sede da Superintendência Municipal de Transportes, uma proposta de reajuste de 11,67% no preço da passagem de ônibus para 2019. O novo valor seria de R$ 4,02 para a passagem inteira. O reajuste proposto para a meia passagem foi de 11,30%, saindo R$ 1,15 para R$ 1,28.
A proposta ainda passará por votação, para depois seguir para aprovação do prefeito Firmino Filho (PSDB). Os valores foram apresentados pela Strans, após análise da planilha de custos do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) da capital, aos membros do Conselho como diretórios estudantis e associações de usuários.
De acordo com Marcelino Lopes, diretor administrativo do Setut, o custo atual do transporte está orçado em R$ 4,71. "Houve aumento no valor do óleo diesel, dos pneus e de salário. A Strans chegou a esse valor de R$ 4,02 e vamos aguardar se vai haver subsídio da prefeitura, do governo do estado ou do governo federal para esse valor", disse ele.
A proposta de reajuste está prevista para ser votada pelo Conselho na próxima quinta-feira (27).
Estudantes questionam data de votação
De acordo com a universitária Maria Antônia Vieira, membro do Conselho Municipal de Transporte Coletivo e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), um dos argumentos para o reajuste seria que o número de passageiros diminuiu, e se tornou insuficiente para suprir os gastos. O G1 procurou o Setut e aguarda o posicionamento oficial.
Os estudantes presentes buscaram mudar a data da votação do reajuste para janeiro de 2019, para que a proposta pudesse ser divulgada e discutida com a sociedade.
“Argumentamos que o transporte não tem qualidade, pessoas são assaltadas nas paradas, andam em ônibus quebrados, terminais alagados, ruas afundando com o peso dos ônibus...”, enumerou a universitária.
Ainda segundo Maria Antônia, os estudantes devem convocar manifestações contra o reajuste. “Mais uma vez o Conselho foi convocado no final do ano, quando a gente sabe que a cidade está esvaziada, estudantes de férias, pessoas viajando para suas cidades... Não temos condições de mobilizar as pessoas para discutir esse aumento”, disse Maria.
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