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Copa opõe seleção bem-sucedida a organização sob desconfiança

Publicada em 12 de Junho de 2014 �s 07h07


Neymar é a maior esperança da torcida brasileira na Copa do Mundo que começa nesta quinta-feira  Neymar é a maior esperança da torcida brasileira na Copa do Mundo que começa nesta quinta-feira  Imagem: Alexandre Cassiano / Agência O Globo Neymar é a maior esperança da torcida brasileira na Copa do Mundo que começa nesta quinta-feira De um lado do campo, estádios modernos lotados, todos os campeões mundiais da história no torneio, previsão do hino cantado em coro por jogadores e torcedores a cada partida da seleção. E ainda a chance bastante real de encerrar o trauma da Copa de 1950 com a conquista do hexacampeonato. Do lado oposto do campo, gastos bilionários em estádios e outras obras de infra-estrutura, desconfiança sobre a capacidade do Brasil de organizar uma competição dessa magnitude e greves que tumultuaram o país nas últimas semanas. saiba mais Dilma: Não teremos a menor tolerância com vandalismo Rio de Janeiro vai receber 400 mil estrangeiros para a Copa Ferramenta do Facebook permite acompanhar a Copa do Mundo pela rede social Dia de abertura da Copa terá protestos em sete cidades-sede Jennifer Lopez desmente Fifa e diz que cantará na abertura da Copa Leia mais sobre Copa 2014 Nesta quinta (12), começa o maior evento da história do esporte do país, com as atenções divididas. O país confia na seleção, que vem de uma série de resultados positivos, mas só metade da população brasileira aprova a realização do Mundial por aqui, como revelam as pesquisas mais recentes do Datafolha. Na cerimônia de abertura da 20ª Copa, a presidente Dilma Rousseff vai se sentar ao lado dos cartolas da Fifa na tribuna de honra do Itaquerão, em São Paulo. Desta vez, ela não fará discurso –seu nome nem sequer será anunciado no estádio. A intenção é evitar a repetição da vaia no início da Copa das Confederações, em 2013. A partir das 17h, a seleção comandada por Luiz Felipe Scolari enfrenta a Croácia no estádio que se tornou um dos símbolos da falta de organização do segundo Mundial a ser realizado no Brasil –o primeiro aconteceu há 64 anos. No Itaquerão, que custou mais de R$ 1 bilhão, o Brasil –o único que disputou todas as edições do torneio– vai tentar manter a escrita na busca pelo sexto título. Para o jogo desta quinta, a seleção conta com uma marca favorável. Até então, nenhum país anfitrião foi derrotado na partida de estreia. "Chegou a hora! E vamos todos juntos, é o nosso Mundial", disse Felipão, nesta quarta (11), no estádio. Neste momento, contudo, os brasileiros não estão juntos no apoio à Copa. Pesquisa Datafolha do início deste mês mostra que a realização da Copa no Brasil divide em fatias semelhantes a população de São Paulo. Entre os paulistanos, 41% são a favor da realização do evento, e 46% são contra. 11% que são indiferentes. Já na população brasileira, a avaliação sobre a Copa é mais positiva: 51% aprovam o Mundial ante 35% que se opõem ao evento. Prometida em 2007 por Ricardo Teixeira, então chefe da CBF, como a Copa da iniciativa privada, o Mundial consumiu cerca de R$ 26 bilhões –a maior fatia em dinheiro público. Os números superlativos, aliás, dominam o Mundial. Embora tenha rachado o país, a segunda Copa realizada no Brasil vai marcar o maior lucro da história da Fifa. A entidade que comanda o futebol no planeta vai arrecadar cerca de R$ 10 bilhões. A Fifa também nunca vendeu tantos ingressos para um evento. Já foram comercializados 2.967.911 bilhetes. Pela primeira vez na história, a Copa será transmitida para todos os países do mundo. A quantidade de telespectadores deve superar os 3,2 bilhões que assistiram ao Mundial de 2010. HEXA? Os números da Copa chamam a atenção; os da seleção brasileira também. Campeã da Copa das Confederações, a equipe é favorita ao título, que não vence desde 2002. Nunca perdeu um jogo no país sob o comando de Felipão, está invicto há 13 jogos oficiais com o técnico e acumula nove vitórias consecutivas. Com o apoio da torcida e Neymar como protagonista, após o jogo contra a Croácia, a seleção terá ainda mais cinco adversários pelo caminho para chegar ao Maracanã no sonhado dia 13 de julho. "Gostaria que encontrássemos a seleção uruguaia de novo na final da Copa e vencêssemos. Seria uma linda revanche", deseja Pelé, o maior jogador da história do futebol brasileiro. Será?

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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