Piaui em Pauta

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Corpo de piauiense morta na Ma

Corpo de piauiense morta na Marcha das Margaridas chega nesta quinta.

Publicada em 13 de Agosto de 2015 �s 13h04


 A piauiense Maria Alzenira Araújo Cardoso Santos, 44 anos, morreu na quarta-feira (12) quando se preparava para participar da Quinta Marcha das Margaridas, em Brasília. O corpo chegará a Teresina por volta da meia-noite desta quinta-feira (13) e será recebido por pessoas da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Piauí (Fetag).

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Alzenira havia saído do município de Monsenhor Gil, a 56 km de Teresina, na segunda-feira juntamente com outras três companheiras do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
De acordo com Elisângela Moura, presidente da Fetag, Maria Alzenira era assentada da reforma agrária e morava no assentamento Sítio do Projeto, zona rural de Monsenhor Gil. A trabalhadora sofreu um AVC hemorrágico logo após fazer o credenciamento para a marcha.
"Ela chegou em Brasília às 4h, fez o credenciamento e ainda ligou para o marido em Monsenhor Gil informando que havia chegado bem com as outras companheiras. Por volta das 8h ela foi pegar a bolsa e ao se abaixar sentiu-se mal, disse que não estava sentindo nem a mão e nem a perna e logo caiu", descreveu Elisângela.
A piauiense foi levada para o Hospital de Base de Brasília em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ainda chegou a passar por uma cirurgia na noite da terça-feira, mas acabou morrendo às 9h da manhã seguinte. O marido dela, que é secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Monsenhor Gil, viajou para Brasília e ainda chegou a acompanhar a esposa no hospital.
Ainda de acordo com a presidente da Fetag, Maria Alzenira era bastante atuante e não escondia a empolgação em participar pela segunda vez do evento na capital federal. Maria Alzenira era casada e deixa dois filhos.
"Ela estava toda animada, com muita vontade de participar. Era a segunda vez que ela ia para Brasília participar da Marcha das Margaridas. Após a morte dela não houve mais clima para a delegação do Piauí. Eu mesmo nem participei mais do evento", contou.
Uma trabalhadora rural de Sergipe sofreu um infarto e também morreu no evento. Durante o discurso para as milhares de trabalhadoras no estádio Mané Garrincha, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte da piauiense e da sergipana.
"Quero lamentar aqui o falecimento da Maria Pureza, do Sergipe, e a Maria Alzenira, do Piauí. Duas margaridas que nos deixaram", disse a presidente.
O velório será realizado em Monsenhor Gil e o sepultamento, que também ocorrerá no município, está previsto para as 17h desta sexta-feira (14). A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), organizadora da Quinta Marcha das Margaridas, está providenciando o traslado do corpo para o Piauí.
Marcha
A Marcha das Margaridas é realizada a cada quatro anos em Brasília. O nome faz referência à líder sindical Margarida Maria Alves, da Paraíba, que morreu assassinada pelo marido na frente dos filhos em agosto de 1983.
O ato reúne manifestantes de todo o país. Na pauta também estão o combate à pobreza, o enfrentamento à violência contra as mulheres, a defesa da soberania alimentar e nutricional e a construção de uma sociedade sem preconceitos, sem homofobia e sem intolerância religiosa.
Tags: Corpo de piauiense - A piauiense Maria

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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