Chegou por volta das 6h desta terça-feira (12) em Barra Grande, no Litoral do Piauí, o corpo do piauiense Antônio José da Conceição, 35 anos, assassinado com requintes de crueldade no sábado (9) na cidade do Rio de Janeiro. O clima era de muita comoção entre familiares e amigos do rapaz.
O assassinato aconteceu no apartamento onde Tony, como era mais conhecido, morava em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio. Ele foi assassinado com várias perfurações e seu corpo tinha marcas de espancamento. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que as investigações estão em andamento, mas não deu detalhes. A família acredita em crime passional.
Tony tinha 35 anos e residia em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Facebook)
“Meu sobrinho está irreconhecível. Há tiveram pena dele e bateram bastante. Há machucados por todo o corpo e por isso a família decidiu que o caixão não seria aberto durante o velório”, contou Elizete da Silva, tia de Tony.
Marcos Cazuza, secretário de turismo e colega do rapaz, falou que todos estão bastante chocados com o que aconteceu. "Era uma pessoa contagiante, carismática e sem inimizades. Onde chegava fazia amizades. Certamente uma grande perda para a família e para nossa comunidade", desabafou.
Antônio José da Conceição saiu de Barra Grande há 15 anos em busca de trabalho no Sudeste do país e escolheu o Rio de Janeiro para morar. Atualmente, Tony trabalhava em uma loja de confecções e mensalmente mandava dinheiro para a família no Piauí.
O corpo de Tony será sepultado por volta das 16h30 no Cemitério São José, em Barra Grande.
Investigações
Em nota enviada ao G1 a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que as investigações estão sendo feitas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Antônio José.
“A perícia de local foi realizada e o corpo encaminhado ao IML. Testemunhas prestaram depoimento e agentes estão em diligências na busca de imagens de câmeras de segurança e informações que possam ajudar a identificar a autoria do crime”, diz a nota.
Para a família, o crime pode ter sido passional. Elizete da Silva, tia de Antônio, informou que os relacionamentos amorosos do sobrinho talvez tenham ligação com o assassinato. "Ele me disse que tinha terminado com o ex, mas que já estava com outro. Isso tinha provocado uma briga muito forte. A gente suspeita que o crime pode ter sido cometido por um desses companheiros. Meu sobrinho era um rapaz maravilhoso. Não merecia de forma alguma isso", falou a tia.
Mariangela Silva, amiga do rapaz, contou que na noite anterior ao crime ele havia ido a uma boate com um amigo. Pouco tempo após chegar ao local, Tony insistiu ao amigo para voltar para casa. Foi então que por volta das 3h ele saiu sozinho, deixando o rapaz no local e não voltou mais à casa noturna.
“Os vizinhos disseram que ele chegou em casa por volta das 4h30. Com cerca de meia hora depois começaram a escutar gritos e barulhos de objetos sendo quebrados. O assassino chegou a quebrar um espelho, perfurou o meu amigo e o matou de forma brutal”, contou Mariangela.
A amiga ainda disse que um dos vizinhos quis intervir, mas o agressor afirmou se tratar de uma “briga de casal e não precisava de ninguém ali”. As agressões então continuaram até Tony perder a vida.