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Crivella diz que é perigoso colocar UPPs em xeque

Publicada em 07 de Agosto de 2014 �s 15h44


O candidato do PRB ao governo do Rio de Janeiro, senador Marcelo Crivella, criticou nesta quinta-feira gestos que possam pôr em xeque a política de segurança pública atual do Estado. Em um recado ao adversário e ex-governador Anthony Garotinho (PR), que, segundo ele, costuma criticar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), afirmou que “se o agente público hesitar (ao tratar o tema) é perigoso”. “Não vamos voltar atrás (na atual política de segurança). Independentemente de quem ganhe temos que estar firmes porque ninguém pode ser dono da vida das pessoas”, disse, em alusão ao controle social feito pelo tráfico de drogas em comunidades do Estado. Imagem: Divulgação As declarações foram dadas durante sabatina realizada pela rede de TV SBT, pelo jornal Folha de São Paulo e UOL. O concorrente, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, propôs uma ação complementar às UPPs: a criação de uma Zona Franca Social nestas comunidades carentes. Ele, no entanto, não deu detalhes de como o projeto seria aplicável, citou apenas que seria adotada uma política de desoneração de impostos nestas localidades para “levar negócios às comunidades”, incentivando a economia popular. Ainda sobre segurança pública, o concorrente defendeu a expansão das UPPs para outras regiões, como a Baixada Fluminense. As Unidades integram a política criada pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que deixou o cargo em abril deste ano, mas que vive atualmente um agudo processo de crise. Governo sem guardanapo na cabeça Depois de defender a política de segurança do governo Cabral e do atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o senador afirmou que se eleito vai fazer um governo “sem guardanapo na cabeça”. A provocação foi em alusão ao episódio em que Cabral e secretários de sua administração foram fotografados, em 2012, num jantar em Paris, com guardanapos presos à cabeça ao lado do ex-presidente da empresa Delta, Fernando Cavendish. Crivella ainda criticou o atual número de secretarias de governo. “Eu vou reduzir para 13, é o ideal”. O candidato, que é evangélico, pediu a um dos debatedores que citasse “aquela palavra” utilizada pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) para classificar o leque de alianças fechadas no Rio em 2014. “Eu sou pastor, não posso dizer, mas você pode”. Ao que ouviu a palavra “bacanal”, afirmou que dá para fazer política “sem isso”. Isolado na disputa, Crivella não fechou alianças e sua chapa é formada apenas pelo PRB. Questionado pelos debatedores sobre o forte apelo “motivacional” e muito pouco político que usa nas redes sociais, como o Facebook, Crivella disse que “a política está muito chata”, pois “os políticos brigam muito”. Segundo o senador, suas mensagens motivacionais já chegaram a ser compartilhadas por 400 mil pessoas. “A vida é um dar força ao outro”, disse o candidato, adotando, durante boa parte da sabatina, o tom que é sua marca registrada, de quem conversa mandando recado aos fieis. E Crivella não dá mostras de que vá mudar esse tom nas redes sociais, mesmo com o início da propaganda eleitoral gratuita na TV. O candidato voltou a defender investimentos de R$ 3,5 bilhões no transporte por trilhos – metrô e trem – e afirmou que para isso pode buscar investimentos junto ao Banco Mundial (Bird). Garantiu, no entanto, que não irá “desrespeitar os contratos existentes atualmente”, da ordem de R$ 8 bilhões para o transporte público no Estado. Ex-ministro da Pesca no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Crivella desdenhou da proposta do presidenciável Aécio Neves (PSDB) de extinguir a pasta caso seja eleito. “Ele fala isso porque Minas (estado natal de Aécio) não tem mar. É ciúme da gente”, ironizou. Segundo o concorrente ao Palácio Guanabara, o ministério é fundamental e o Brasil vive a “vergonha” atualmente de ter que importar tanto peixe para consumo. O concorrente repetiu o discurso adotado nos últimos dias pelos adversários e afirmou que, se eleito, vai levar água a toda a Baixada Fluminense. Sobre a área da saúde, se restringiu a criticar as chamadas Organizações Sociais (OS), parcerias fechadas entre administração pública e iniciativa privada para gerir o setor, e defendeu um trabalho de “prevenção” para melhorar a rede pública.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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