Publicada em 04 de Março de 2015 �s 11h18
Educação profissional e mercado de trabalho foram os focos dos debates realizados na noite dessa terça-feira (3), no segundo dia da Semana Pedagógica, que acontece no Centro de Referência em Formação Antonino Freire, de 2 a 6 de março. Representantes de várias instituições como CIEE, Sest/Senat, IFPI, CIEE, Uetepi/Seduc, que atuam com a educação profissional, intermediação entre as instituições de ensino e o mercado de trabalho participaram do encontro, apresentando sugestões de como aperfeiçoar o sistema de formação profissional desenvolvido no Estado e buscar a inserção desses profissionais no mercado.
A necessidade de se trabalhar a partir de projetos nessa área foi destacada pelo representante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Ricardo Basílio Caland. "Tanto para apresentar a proposta quanto para buscar apoio, é preciso trabalhar a partir de projetos", frisou.
Outro aspecto apontado foi a necessidade de valorizar o capital humano, as pessoas como maior bem de qualquer instituição. "A estrutura física é importante, mas quem faz o diferencial são as pessoas, então é importante investir na qualificação profissional. Há pesquisas que advertem que o trabalhador sem qualificação tem menor desempenho/rendimento e isso interfere no preço final da mão de obra", complementa o professor Ivonaldo Ribeiro, do IFPI.
A supervisora do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), Hellany Batista Correia Lima, explicou que o Centro atua como uma ferramenta de auxilio - tanto fazendo a intermediação entre o estudante e as empresas cadastradas, quanto colaborando na formação através dos cursos oferecidos pela instituição. "São milhares de estudantes cadastrados, então, a cada vaga que selecionamos, é preciso que esse profissional zele pela oportunidade de ingresso no mercado", destacou a supervisora.
Cristiane Araújo Cipriano, representante do Sest/Senat, destacou que a educação profissional vem passando por transformações que são resultado da dinâmica do mercado de trabalho e das novas necessidades colocadas. Ela afirma que até a década de 90, os cursos técnicos eram buscados por população de baixa renda, e que hoje a realidade mudou.
Segundo a gerente da Unidade de Educação Técnica e Profissional (Uetep), Maria Auxiliadora de Carvalho Nunes, o mercado de trabalho tem se diversificado e a equipe da Uetep tem trabalhado para atender demandas do mercado. "Hoje temos 70 escolas em 45 municípios e ofertamos 11 eixos tecnológicos", explica ela, destacando que a oferta dos cursos é focada no potencial de cada região.
A diretora geral do Antonino Freire, Maria Xavier, fez a abertura dos trabalhos e expôs as expectativas e demandas da instituição. A mesa-redonda foi coordenada pela professora Regina Saboia e contou com a participação do diretor Sebastião Gomes; do gerente Rogério Oliveira e dos professores da casa, apresentando sugestões e indagações sobre a temática.