Piaui em Pauta

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O jargão que virou tradição entre as vendedoras ambulantes do Centro da cidade.

Em Teresina,

Publicada em 14 de Agosto de 2013 �s 16h23


  												Para vender, elas apostam no sorriso seguido da frase: Diga meu Bem!						 (Foto:Regis Falcão)					Para vender, elas apostam no sorriso seguido da frase: Diga meu Bem! (Foto:Regis Falcão)

"Diga, meu bem!" Quem nunca ouviu essa frase no Centro de Teresina? Moradores ou visitantes da nossa Cidade Verde já conhecem esse famoso jargão vindo das simpáticas vendedoras ambulantes do Centro da capital. Até pouco tempo atrás, os vendedores ambulantes comercializavam suas mercadorias em pontos espalhados nas ruas do Centro. Para isso, vamos voltar um pouco ao passado e contar a história do surgimento desses vendedores em Teresina.

O grande responsável pelo planejamento do Centro da cidade foi o Conselheiro Saraiva, que em 1852 projetou nossa cidade em formato de tabuleiro de xadrez, com quarteirões pequenos e ruas alinhadas. Ao longo do desenvolvimento de Teresina, o Centro ficou caracterizado como uma área financeira, comercial e administrativa da cidade. À medida que o comércio local foi se desenvolvendo e se expandindo, ocorreu a formação de um mercado excedente de mão de obra, levando muitas pessoas a instalarem bancas no Centro da cidade para vender suas mercadorias. E assim o Centro passou a contar com a grande presença de vendedores ambulantes, ocupando as ruas, calçadas e praças da cidade. Foi nesse contexto, que as vendedoras surgiram e continuaram até 2009, quando foi inaugurado um espaço destinado a esses vendedores informais. O local fica na Avenida Maranhão, na beira do Rio Parnaíba e proporciona mais conforto aos vendedores e clientes, aonde podem encontrar tudo com “aquele” precinho! Voltando para os dias atuais, e visitando o local de comercialização dessas mercadorias conhecemos a simpatia de dona Francisca Neta, 55 anos, conhecida por todos como Cilsa, vendedora ambulante há mais de 23 anos. Em sua banca, os clientes podem conferir uma variedade em calçados, produzida aqui mesmo no nosso Estado. Para qualquer um que se aproxime de sua banca, ela dispara um sorriso seguido da frase: "Diga, meu Bem!" Viúva e mãe de cinco filhos, Cilsa nasceu no município Boa Hora, ao Norte do Estado, mas vive em Teresina há mais de 25 anos. “Adoro essa cidade, foi aqui que consegui sustentar meus filhos, com as vendas dos meus produtos depois da morte do meu marido”, conta a vendedora, acrescentando que abre sua banca todos os dias às 7 horas, fechando só às 19 horas. “As minhas sandálias fazem o maior sucesso, vendo muito para turistas. O par custa, em média,  R$ 20, mas sempre dou um descontinho camarada”, afirma a vendedora, que com um sorriso no rosto e em meio à aproximação das clientes, dispara mais um "Diga, meu Bem!"

Até as vendedoras mais novas do Shopping da Cidade, acompanham a tradição do "Diga, meu Bem!" É o caso de Rosa Maria da Cunha, de 22 anos, que apenas há dois, vende no local calcinhas, cuecas, camisolas e sutiãs. E lá vem ela com aquele sorriso comum entre as vendedoras, soltando o "Diga, meu Bem!" “Essa frase sai naturalmente, virou uma marca registrada das vendedoras daqui, as clientes adoram, pelo menos as minhas sim!”, afirma. “Com o sorriso e essa abordagem não deixo nenhuma cliente sair de mãos vazias, elas saem levando pelo menos calcinhas, no valor de R$ 6 por R$10”, conclui, sorridente, a jovem vendedora.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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