Nesta segunda-feira, o Ministério Público do Rio denunciou (acusou formalmente) 11 policiais militares acusados pela morte da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto.
Para a polícia e o Ministério Público, policiais do 7º BPM decidiram assassinar a juíza porque sua atuação atrapalhava as extorsões que praticavam contra criminosos de São Gonçalo, que lhe rendiam até R$ 12 mil semanais.
1) Tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira - Ex-comandante do 7º Batalhão da PM em São Gonçalo, onde atuava a magistrada. É acusado de prestar "auxílio moral" ao crime e de ter se omitido ao não dissuadir seus comandados do assassinato
2) Tenente Daniel Santos Benitez Lopez - Chefiava o GAT (Grupo de Ações Táticas) do 7º Batalhão da PM. É acusado de ser o mentor do crime e de sugerir o assassinato aos colegas do GAT (Grupo de Ações Tática). Esperou a saída da juíza do fórum e a seguiu de moto, junto com o cabo Sérgio, até sua casa. Ali, disparou contra a magistrada.
3) Cabo Sérgio Costa Junior - PM que atuava no GAT do 7º Batalhão. Esperou a saída da juíza do fórum e a seguiu de moto, junto com o tenente Benitez, até sua casa. Ali, disparou contra a magistrada. Reconheceu o crime e será beneficiado pela DELAÇÃO PREMIADA
4) PM Jovanis Falcão Junior - PM que atuava no GAT do 7º Batalhão. Esperou a saída da juíza do fórum e iniciou a perseguição do carro até determinado ponto do trajeto para a casa dela.
5) Cabo Jeferson de Araújo Miranda - PM que atuava no GAT do 7º Batalhão. Participou do reconhecimento do bairro onde morava a juíza, um mês antes do crime, a fim de planejá-lo. Reconheceu o crime e será beneficiado pela DELAÇÃO PREMIADA
6) PMs Charles Azevedi Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Junior Cezar de Medeiros, Carlos Adílio Maciel Santos e Sammy dos Santos Quintanilha - PMs que atuavam no GAT do 7º Batalhão. São acusados de concordar com o plano de matar a juíza, oferecendo usar parte do arrecadado ilegalmente em apreensões para pagar eventuais executores do crime.
11) PM Handerson Lents Henriques da Silva - PM do 12º Batalhão da PM, de Niterói. É acusado de saber do planejamento do crime e mostrar o local da casa da juíza ao cabo Jeferson.
CRIME
A magistrada foi morta com 21 tiros quando chegava em casa após um dia de trabalho. A decisão de matá-la foi reforçada após dois integrantes do GAT (Grupo de Ações Táticas) serem presos sob suspeita do assassinato de Diego Beliene, 18 --os PMs eram investigados pela suspeita de terem forjado a morte de Beliene como sendo "auto de resistência", como são classificadas pela PM as mortes de suspeitos em confrontos. Os outros agentes passaram a ser investigados pelo crime.