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"Envelhecer é fantástico", diz

"Envelhecer é fantástico", diz Claudia Ohana, que revive "Vamp" em musical.

Publicada em 03 de Março de 2017 �s 15h16


Pouco mais de 25 anos separavam Claudia Ohana de Natasha - da novela Vamp, exibida em 1991, na Globo. A vampira cantora volta para as mãos da atriz, agora no teatro, em Vamp, O Musical, que estreia no dia 17 de março, no Rio de Janeiro. "Acho que eu tenho muito dela e ela tem muito de mim. Eu nem precisei ver vídeos ou buscar referências, porque ela é muito presente", diz Claudia, que divide os seus dias entre os ensaios do musical e as gravações de Sol Nascente.

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Com 54 anos recém-feitos, ela conta que está solteira, mas não é adepta aos aplicativos de namoro, fala que o trabalho é uma grande brincadeira e lida muito bem com críticas. "Tem gente que me ama e tem gente que me acha uma droga. Eu sou uma pessoa carente, que gosta de aplausos. Todo ator é. Com uma crítica boa a gente chora, com uma ruim a gente finge que não liga", brada.

Você está prestes a estrear Vamp, O Musical. Como é interpretar o mesmo personagem depois de 26 anos?

Ah, é incrível. A Natasha é e foi um personagem maravilhoso, e ela é tão eu. Acho que eu tenho muito dela e ela tem muito de mim. Eu nem precisei ver vídeos ou buscar referências, porque ela é muito presente.

Além dos ensaios para o musical, você faz a Loretta em Sol Nascente...

Eu adoro a Loretta. Ela veio como vilã, daí eu quis dar uma pegada mais de humor para não ficar pesado. Ela é fora do tom, não tem consciência das coisas, mas é muito divertida. O figurino é ótimo, uma coisa meio 'italianesca', o cabelo...ela é uma delicia.

Você está deslumbrante na novela e ostenta ótima forma aos 54 anos. Tem medo de envelhecer? Como lida com a passagem do tempo?

Eu adoro aniversários, adoro festa. Realmente eu acho que envelhecer é fantástico, pois significa viver. Acho que a gente está em um mundo onde a juventude é controlada, e parece complicado envelhecer, mas a vida é isso. Todo mundo vai morrer ou envelhecer. O problema é envelhecer por dentro (...) nem tudo é novidade quando se está mais velha, nem tudo te dá tesão, nem tudo surpreende. Antes eu me apaixonava com uma facilidade incrível, hoje não...

O que faz a respeito disso?

Eu dou valor ao meu mundo. Minha preocupação é me fechar nele. Eu tenho uma criança dentro de mim. E daí vem a minha juventude. Eu adoro brincar com meus netos, é sempre muita diversão. Tenho um trabalho que é uma grande brincadeira e que me dá bons elementos. Agora, no musical, estou ao lado de um elenco novo e muito unido. Não sou nada solitária, conheço gente todo dia, gente jovem, e isso me dá juventude. Nem preciso sair à noite.

Nem para um barzinho?

Não dá para acompanhar esse povo no bar. Tenho que me cuidar muito, tenho que ter uma vida de freira, comer, descansar, separar texto... as gravações me consomem. Mas é sempre tudo gostoso.

Você canta no musical. Sente-se confortável com isso?

Comecei minha carreira pensando que fosse ser cantora. Tive aula de dança. E quando era nova, pensei que nunca fosse usar essas habilidades. Acho que cada vez mais a carreira artística vai exigir isso das pessoas. Para o ator, quando mais coisas ele souber, melhor. Cantar e dançar deveria ser o básico. Eu dirijo caminhão, falo outras línguas, toco violão, ando a cavalo...

Nessa correria entre estúdios e ensaios do musical, como cuida da alimentação?

Eu sou marmiteria. Levo frutas com aveia e linhaça, como castanhas. No almoço como legumes, proteínas, carboidratos...tenho comido muito inhame também; Tenho que comer, sou muito magra. Mas sou viciada Häagen Dazs, e meu intestino não esta perfeito, tive diverticulite recentemente.

Qual o melhor conselho de beleza que já recebeu?

Durma. E eu amo dormir, sou muito boa de cama, nunca tive problema. Digo que vou para o meu sarcófago, que é meu quarto, meu templo...Amo dormir. Eu durmo nove horas, se deixar eu durmo doze horas.

E qual o maior elogio que você já recebeu? E a crítica que mais te marcou?

Críticas quando vêm são pauladas, não é? Sobre o maior elogio...eu recebi muitos na vida. Ainda bem. Na época da Vamp, o Boni me mandou flores dando parabéns. Eu passei por uma critica no Programa do Jô quando cantei. Saí de lá pensando que tinha arrebentado. Depois eu vi que tinha errado a letra. Eu sou muito cara de pau e inventei a letra num 'embromation'. Mexer com Nirvana é mexer num ninho de vespa. Eu não dei reverência, mas dane-se. Tem gente que me ama e tem gente que me acha uma droga. Eu sou uma pessoa carente, que gosta de aplausos. Todo ator é. Com uma crítica boa a gente chora, com uma ruim a gente finge que não liga.

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Você se renderia a procedimentos estéticos?

Lipo não, eu tenho é que preencher (risos)! Já fiz botox na testa. Fica um pouco mais esticado, mas não é tanta coisa assim, aliás, estou precisando fazer de novo, mas estou sem tempo. Não sou contra nada. Cada um tem que fazer o que quiser. Eu, pessoalmente, fico entre envelhecer com dignidade e ligar um 'F' bem grande ou me manter natural. Acho que colocaria siliicone, mas não ter peito nunca me impediu de fazer nada. Não deixei de ficar com alguém que queria e nem deixei de posar nua.

Qual seu segredo para manter o corpo em dia?

Eu estava fazendo personal trainer. Quando dá tempo faço esteira, mas queria fazer musculação. A gente vai ficando mais velha e tem que cuidar de tanta coisa...Quando se é jovem, basta colocar um trapinho e vai.

Qual a maior loucura que já fez por moda?

Olha, eu sou viciada nisso. Eu amo roupa. Aos 12 anos eu trabalhava só para comprar roupa. Também costurava, comprava no brechó. Hoje eu tenho um quarto só para roupas. Eu sou apegada, eu guardo, é raro eu doar para amigos ou para minha filha. Tem coisas que eu comprei e nunca usei. Está lá pendurada até hoje. Acho que minha relação com roupa é patológica.

Você está solteira?

Sim, estou. E me divirto com isso. Eu gosto de namorar também, só não tenho tempo agora. Também não estou procurando, as coisas acontecem.

Usaria aplicativos de namoro?

Aplicativos? Não! Não é por aí que você conhece alguém interessante. Para mim tem que haver uma referencia. A melhor coisa é o clima, é a sedução...Essas modernidades não servem para mim.
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Fonte: globo �|� Publicado por: Claudete Miranda
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