Publicada em 21 de Novembro de 2012 �s 13h16
O Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI), por meio da Escola Piauiense de Trânsito, promoveu, na manhã desta quarta-feira (21), um encontro com familiares das vítimas de acidentes de trânsito. A iniciativa teve como objetivo mostrar solidariedade às famílias que perderam entes queridos, bem como a discussão de estratégias para a redução dos acidentes.
Para a senhora Zita Alves Vilar, mãe de uma vítima fatal, o tempo é um dos maiores aliados para a superação da dor. “O sofrimento é imenso, mas ele me ensinou que o tempo traz outras formas para continuar a viver. Assim, em maio de 2004, passei a me reunir com outras famílias que também sofreram com a perda de pessoas queridas”.
A importância da criminalização dos acidentes também foi abordada durante o encontro. Para Raquel Galvão, que perdeu um irmão em um sinistro, "a pessoa que dirige sob influência de álcool assume o risco de matar alguém, por isso, isto não deve ser caracterizado como acidente, mas sim como crime de trânsito. As famílias devem recorrer a polícia para que estas pessoas sejam indiciadas e levadas a júri, para servir de exemplo aos demais condutores”.
A educação infantil para o trânsito também foi um do temas de discussão ressaltados pelos presentes. Para o major Lucena, da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), esse processo precisa ser obrigatório. “A educação para o trânsito precisa ser obrigatória, para que as crianças ao chegarem na idade adulta se tornem condutores mais conscientes, pois atualmente cerca de 180 pessoas morrem diariamente no Brasil, por causa de acidentes de trânsito.
O encontro marca o encerramento das atividades alusivas ao Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito, que visa o aumento da consciência pública em relação ao custo dos acidentes rodoviários para as comunidades, além de enfatizar a necessidade de promover esforços no sentido de controlar este problema de saúde pública.