Um dia após o quinto assalto em menos de 30 dias na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), alunos e professores da instituição realizaram nesta quinta-feira (22) um protesto contra a insegurança. Com carro de som e cartazes, os manifestantes se concentraram no campus Poeta Torquato Neto, na Zona Norte de Teresina, e pediram medidas de segurança para que pudessem assistir às aulas sem medo.
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“Não consigo me concentrar para assistir aula porque a todo momento olho para a porta. Não sei se por ela vai entrar um professor, um aluno ou um bandido. Estamos com medo”, afirmou o aluno Utalmo Neto, estudante do quinto período do curso de história.
Nessa quarta-feira (21), um homem entrou em uma sala do curso de administração e realizou um arrastão. Um policial civil que foi vítima da ação criminosa esperou o bandido sair da sala e deu início a uma perseguição. Houve disparos de tiros e um suspeito foi preso com 12 celulares. O homem foi reconhecido pelas vítimas e levado para Central de Flagrantes.
Revoltados, os professores suspenderam as aulas no turno da noite desta quinta. Os docentes também participaram da manifestação. “Não é com violência que vamos resolver esse problema, mas com discussões internas e também com o poder público olhando para nossos problemas e insegurança”, opinou o professor de comunicação Daniel Solon.
Uespi divulga nota
Em nota, a Universidade Estadual do Piauí afirmou que lamenta o assalto com estudantes e professores do curso de administração e que continua executando medidas de segurança propostas dentro do plano de ações.
“Ações como o reforço no aumento de seguranças armados, que estão mais próximos dos corredores das salas, e a solicitação de contratação de mais seguranças ao poder público. Precisamos, no entanto, contar com o trabalho da segurança pública no entorno do Campus”, diz trecho da nota.
O texto dá conta ainda que a Uespi está organizando uma audiência pública a ser realizada na próxima semana sobre segurança no campus. “A fim de abrir o diálogo com a comunidade universitária e discutir ações com os órgãos do poder público como Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar”, finaliza a nota.
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