Piaui em Pauta

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Investimentos no Complexo Eólico da Chapada do Araripe colocam o estado em desta

Estimativas prevê que o Piauí será o quinto maior produtor de energia eólica do país

Publicada em 27 de Abril de 2015 �s 10h24


O governador Wellington Dias afirmou que o Piauí produzirá, ainda este ano, mais energia do que o consumo interno do estado. A declaração foi feita durante visita ao Complexo Eólico Chapada do Araripe, nos municípios de Simões e Marcolândia, região Sudeste do Piauí.

O parque eólico conta com investimentos de R$ 7,1 bilhões, iniciados em julho de 2014 e que vão até dezembro de 2017, e capacidade instalada na ordem de 1,4 gigawatt (GW) de energia. Com isso, o Piauí passa a produzir 181% da energia que foi consumida no ano de 2013 e poderá ser exportador de energia.

De acordo com Clécio Eloy, diretor executivo da empresa Casa dos Ventos, uma vez que o parque esteja em pleno funcionamento, a energia gerada atenderá contratos de leilões de energia promovidos pelo Governo Federal em 2013 e 2014. “No Piauí, a Casa dos Ventos tem hoje 4,9 GW em projetos, o que representa 87% do potencial competitivo do Estado. Esse volume coloca o estado em uma posição de destaque no cenário brasileiro”, esclarece o diretor.

Além da Casa dos Ventos, as empresas Queiróz Galvão, Contour Global e Chesf também têm participação na construção e viabilização do parque eólico, que está localizado nos municípios piauienses de Caldeirão Grande, Marcolândia, Padre Marcos, Simões, Curral Novo do Piauí, Paulistana, Betânia do Piauí e em Araripina, no estado de Pernambuco.  

Clécio Eloy afirma que uma única torre é capaz de gerar energia para todo o município de Marcolândia. A partir do dia primeiro de julho de 2015, 210 MW serão levados para  a cidade de Picos. “O Piauí responde por 1,4% da energia eólica produzida no Brasil, em 2017 produzirá 10,4% da energia eólica do país, ficando atrás apenas da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul. Isso representa que em 2017, o crescimento do Piauí nesse quesito será maior que o do Brasil”, acrescenta.

Além do parque eólico, o diretor executivo da empresa destaca que está sendo construída uma subestação de 230/500 KV para viabilizar a infraestrutura de distribuição de energia, que será a maior obra de subestação elétrica privada do país. “Ainda existe a previsão da duplicação da subestação, que será antecipada de 2019 para junho de 2016, permitindo a continuidade do processo de implantação dos parques da chapada”, revela Clécio.

O governador Wellington Dias ressalta que os investimentos realizados colocam o Estado numa situação de destaque no cenário nacional de produção de energia limpa. “O Piauí está crescendo muito. Temos nos destacado na exploração sustentável das riquezas do nosso estado. Obras como essas não desenvolvem apenas o setor energético, mas geram emprego e renda, estimulam a formação profissional e o empreendedorismo. Enfim, aumentam a autoestima do nosso povo”, explica Dias.

O prefeito de Simões, Dogizete Pereira, comemora a instalação do Complexo Eólico, o aumento da arrecadação do município e o fortalecimento da economia local, “podemos dizer com muita satisfação que a região da Chapada do Araripe nunca cresceria tanto se não tivesse esse parque. A nossa cidade está aumentando a sua renda, o comércio está se desenvolvendo e isso nos deixa muito alegre”. O prefeito lembra ainda o incentivo ao turismo na região.

Geração de emprego e renda

Segundo o diretor executivo da empresa Casa dos Ventos, Clécio Eloy, o empreendimento possibilitou a geração de quatro mil empregos diretos ao longo da construção da obra, com o aproveitamento da mão de obra local, e manutenção de cerca de 300 postos após a sua conclusão. De acordo com ele, cerca de três empregos indiretos são gerados para cada emprego direto, o que representa 12 mil empregos indiretos para outras atividades na região.

“Ouvi de um morador da região que a empresa de energia eólica vem, tira o vento do Piauí e não deixa nada. Isso é uma afirmativa equivocada. Só do que já está contratado, vamos pagar R$ 1,2 milhão por mês para os pequenos proprietários de terra que recebem as torres de geração de energia,”, esclarece Clécio.

Ganhos sociais e ambientais

A empresa também investiu em ações de cunho socioambiental, aplicando recursos na faixa de R$ 35 milhões em aperfeiçoamento tecnológico da população, melhoria da estrutura de algumas escolas para receber cursos de formação, saneamento básico e a infraestrutura local, melhorando estradas e acessos.

O governador Wellington Dias frisa que o Complexo Eólico também gerou benefícios indiretos para a região. “Podemos citar, por exemplo, a melhoria das vias e acessos das localidades, já que isto se faz necessário para o transporte dos equipamentos. Além da melhoria na infraestrutura, as comunidades serão impactadas positivamente com a geração de emprego e renda, resultando em um maior dinamismo da atividade econômica local”, enfatiza Dias.

Outro ponto citado pelo governador foi a questão da necessidade de regularização fundiária na região, uma vez que foram arrendadas 1.913 propriedades para a instalação de torres e de infraestrutura de execução das obras, o que compreende 65 mil hectares. “O bom disso é que o pequeno proprietário de terra não teve que vender sua propriedade. Com esse arrendamento, o produtor rural já tem uma renda extra. Mas precisamos regularizar, junto ao Estado ou à Prefeitura dos municípios, os títulos de propriedade dessas terras. Para que todas as operações possam estar dentro da legalidade”, esclareceu o governador.

Wellington Dias também ressalta como um dos benefícios importantes a contribuição com o meio ambiente, uma vez que a região será responsável pela geração de uma energia ambientalmente responsável e estará evitando a emissão de gases causadores do efeito estufa ou o alagamento de áreas florestais.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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