
A morte de Valdomiro Alves dos Santos, 21 anos, assassinado com um tiro de espingarda na cabeça no final da tarde de domingo (25) deixou a família do rapaz revoltada. Parentes alegam que o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e a Secretaria Estadual de Segurança são os responsáveis pelo homicídio, já que o jovem estava indo levar comida, fraldas e lençol para a mãe que acompanhava o primo internado com câncer no HUT.
Ele ficou acompanhando o primo no sábado a noite, quando a mãe chegou no domingo pela manhã, eles trocaram e ele foi para casa pegar fraldas, comida e lençol, pois o hospital não forneceu estes itens para os acompanhantes e ele foi morto brutalmente”, contou a tia de Valdomiro, Ana Maria de Oliveira.
Inconformada com o assassinato do rapaz, a tia do jovem a firmou que a família vai processar a unidade de saúde e o Estado, através da Secretaria de Segurança, porque para a família se houvesse na unidade os utensílios que o rapaz foi buscar em casa, ele não teria sido assassinado.
“Eles precisam se responsabilizar pela morte do meu sobrinho. O Valdomiro não morreu por nada. Se no hospital tivesse fraldas para o primo dele que está internado, nada disso tinha acontecido. Vamos processá-los”, relatou. A vítima era natural de Cuiabá (MS) e desde dezembro morava em Floriano (PI).
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde informou que cumpre todas as determinações do Ministério da Saúde com relação à internação de pacientes na rede pública hospitalar e só tem direito à alimentação o paciente internado e o acompanhante de pacientes com até 12 anos e maiores de 65 anos. Quanto ao fornecimento de fraldas e lençóis, o diretor geral do HUT informou que o serviço está funcionando normalmente.
O G1 procurou o relações públicas da PM, coronel John Feitosa, e o major Carlos Henrique, do 1º Batalhão da PM, e aguarda resposta.