Publicada em 26 de Novembro de 2012 �s 11h19
Professores reunidos na Fapepi (Foto:Francisco Leal)
A Secretaria Estadual da Educação e Cultura (Seduc) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) firmam convênio, nesta quinta-feira (22), que prevê a participação de pesquisadores das universidades públicas no desenvolvimento de estratégias de ensino das disciplinas da educação básica. O convênio é resultado da parceria entre Seduc e Fapepi com o objetivo de alavancar a aprendizagem e os índices da educação básica do Estado.
De acordo com a presidente da Fapepi, Bárbara de Melo, a proposta do convênio é aplicar o conhecimento científico forjado nas universidades públicas sobre metodologias alternativas de ensino como estratégia para melhorar a educação básica no Piauí. “A ideia é fazer a contratação de projetos de pesquisa aplicados ao ensino das disciplinas como português, matemática, história, entre outras, com a meta de alavancar a educação do Estado.”
A Minuta de Convênio e Cooperação Técnica e Financeira foi assinada, na última quinta-feira (22), pelo secretário da Educação, Átila Lira. A proposta partiu da Fapepi e foi recebida com entusiasmo pelo governador, que abraçou não somente o projeto-piloto, que nasce com a assinatura do convênio, como requereu da Fundação o desmembramento da proposta para as disciplinas de português e matemática, ampliando o alcance dos projetos que desenvolvam metodologias de ensino específicas para essas disciplinas. “Nós apresentamos a ideia ao governador e ele gostou, pedindo que ampliássemos a para língua portuguesa e matemática”, disse Bárbara de Melo.
O projeto-piloto prevê um investimento de R$ 234 mil para sua execução durante um ano. A Seduc fica responsável pelo repasse de recursos e entra como parceira, disponibilizando amplo acesso à rede pública estadual de ensino. Caberá à Fapepi lançar o edital e realizar os procedimentos de seleção e contratação dos bolsistas, acompanhar seu desempenho e divulgar os resultados da produção científica.
A meta do projeto é atender pelo menos 3 mil alunos da rede estadual, envolvendo diretamente 40 professores da educação básica e mais 20 pesquisadores. Como o projeto é um piloto serão contemplados, neste primeiro momento, dois municípios - Teresina e Parnaíba. Mas a perspectiva é de expansão por todo o Estado.
O edital deverá ser lançado em janeiro de 2013, quando serão selecionadas as 20 melhores propostas de ensino. Podem se inscrever professores de universidades públicas que tenham pesquisas na área de metodologias de ensino das disciplinas da educação básica (português, matemática, língua estrangeira, história, física, biologia, química, sociologia, entre outras). “O professor pesquisador, que fez mestrado ou doutorado e desenvolveu ou está desenvolvendo estudo em cima das disciplinas da educação básica, deve se inscrever”, convoca a presidente da Fapepi.
Fortalecimento da Educação Básica como política de Estado
Foi realizada, na última quarta-feira (21), reunião, na sede da Fapepi, com a equipe que vai coordenar a ampliação do projeto na área da matemática. A proposta de ampliação foi uma iniciativa do próprio governador Wilson Martins que, diante do projeto-piloto que a Fapepi propôs, considerou como política de Estado reforçar o ensino da matemática e o ensino da língua portuguesa no Piauí.
Para compor a equipe de coordenação da matemática foram convidados os professores Antonio Amaral, que traz a experiência de sucesso desenvolvida em Cocal dos Alves, e o professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Xavier Neto. Participaram também da reunião, o presidente da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), Hilário Alencar, e o assessor da SBM, professor Victor Giraldo. Ambos vieram trazer a sua contribuição para o melhor desenvolvimento do projeto.
“Temos o professor Victor, que é da Universidade do Rio de Janeiro, ligado à pós-graduação no ensino de matemática, disposto a prestar consultoria e a Sociedade Brasileira de Matemática, na figura do seu presidente, que adorou a ideia e está endossando o projeto através da montagem de um comitê científico para levar a proposta, caso dando certo, para outros lugares do país”, ressalta o professor Antonio Amaral.
A perspectiva é realizar outras reuniões para estabelecer as prioridades e definir o orçamento dessa ampliação em matemática. “Já na coordenação do projeto de língua portuguesa, estaremos realizando encontros semelhantes a este com professores da área para determinar como se dará a sua implantação”, esclarece Bárbara de Melo.
Os projetos específicos das disciplinas de português e matemática, à semelhança do projeto-piloto, têm previsão de execução para o primeiro semestre de 2013, juntamente com o início do período letivo. Espera-se aplicar os projetos ampliados em 11 municípios do Estado.
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