Jockey Club é vendido...
A diretoria do Jockey Club do Piauí vendeu a sede do clube, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, na zona Leste de Teresina, por R$ 25 milhões para a construtora Boa Vista.
Apesar da grande polêmica sobre o negócio, a venda foi oficializada e registrada no 2° Cartório de Notas e Registros de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas Naila Bucar, em Teresina, no dia 3 de julho.
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No registro da venda da sede do Jockey é informado que o imóvel tem 52.731 metros quadrados e que a comercialização foi concretizada com a decisão do desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho de determinar a retirada da indisponibilidade do imóvel da sede do Jockey Club, por solicitação de recurso contra a decisão tomada, mantendo indisponível o imóvel impetrado pelo presidente do Jockey Club, Raimundo Nerval Campelo Leite Júnior.
O empresário José Wilson, sócio do Jockey Club, afirmou que a venda é ilegal porque desde o ano passado a sede do clube está indisponível para a venda. “O atual presidente do Jockey Club estava preparando o clube para a venda, o endividando, sem pagar nenhuma dívida do clube para posteriormente tentar convencer o associado que a única alternativa era vender. Ele nunca cumpriu nenhuma obrigação”, falou José Wilson, para quem o valor real da dívida é de R$ 1,8 milhão, mas a diretoria fala em dívida de R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões.
José Wilson afirmou que a construtora Boa Vista vai dar sinal de R$ 3 milhões e o pagamento dos R$ 25 milhões não é de imediato.
José Wilson declarou que a sede do Jockey Club do Piauí é avaliada no mercado imobiliário por valor que varia de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões e o próprio Raimundo Nerval Campelo levou um avaliador oficial e consta em uma ata, registrada em cartório, que o patrimônio vale R$ 1 mil por metro quadrado. Como o terreno é de 52.731 metros quadrados, seria de R$ 52,731 milhões. “A avaliação oficial feita para a diretoria do clube é essa, mas foi vendida por R$ 25 milhões”, disse.
O grupo de oposição a Raimundo Nerval Campelo já entrou com quatro ações contra a venda do Jockey Club e agora vai impetrar ações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e solicitar que a procuradora geral de Justiça do Piauí, Zélia Saraiva, entre no caso. “Eu acho que vamos resolver esse problema na Justiça do Piauí”, salientou José Wilson.
Sede estava indisponível para venda desde dezembro
O empresário José Wilson afirmou que o desembargador José Ribamar Oliveira, na época vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, indisponibilizou o imóvel da sede do Jockey Club no dia 25 de dezembro do ano passado e no dia 29 de dezembro a diretoria promoveu uma assembleia no Jockey com 14 sócios e, à revelia da decisão judicial, decidiu pela venda do clube.
“Houve descumprimento da ordem judicial. Foi realizada a assembleia e, apesar do Estatuto do Jockey Club do Piauí determinar que a decisão de venda só será possível por decisão unânime, 14 sócios entraram com ação contra a venda. Se não tem a unanimidade, a diretoria não pode vender o clube.
Nós temos o estatuto a nosso favor porque o clube não pode ser vendido se a proposta não for aprovada por unanimidade. Na assembleia, houve a maior balbúrdia. O clube foi vendido no dia 29 de dezembro do ano passado, apesar de estar indisponível por decisão do desembargador José Ribamar Oliveira”, disse José.
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