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Juiz pretende juntar processos

Juiz pretende juntar processos no Rio e de São Paulo contra Eike.

Publicada em 18 de Novembro de 2014 �s 19h04


Após o fim da primeira audiência de instrução e julgamento do empresário Eike Batista sobre manipulação de mercado e uso indevido de informação privilegiada ("insider trading"), que terminou no fim da tarde desta terça-feira (18) no no auditório do Tribunal do Juri da Justiça Federal do Rio de Janeiro, o juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal, afirmou que pretende juntar os processos do Rio de Janeiro e São Paulo respondidos na Justiça Federal pelo empresário Eike Batista.

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O fundador do Grupo EBX responde no Rio pelos crimes de informação privilegiada (insider trading) duas vezes e crime contra o mercado. Em São Paulo, ele responde também por formação de quadrilha, indução do investidor ao erro e falsidade ideológica.

De acordo com o magistrado, a pena mínima somada de todos estes delitos chegaria no mínimo a seis anos, o que já caracteriza regime fechado. O empresário Eike Batista deverá ser ouvido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro em audiência no dia 17 de dezembro.

A sessão ouviria cinco testemunhas de acusação. No entanto, devido ao tempo, apenas três prestaram depoimento — as últimas duas foram dispensadas.

O advogado do empresário Sérgio Bermudes afirmou que seu cliente está "tranquilo" perante as acusações. Ele ainda criticou a postura das testemunhas de acusação. "As provas apresentadas pelo Ministério Público são inconsistentes. A palavra testemunha vem de terceiro. Mas a testemunha deveria ser imparcial. Não foi isso que nós vimos", disse ele.

O juiz Flávio Gomes de Souza disse ainda que nada o impede de ouvir Eike em uma segunda oportunidade, o que ocorreria apenas em janeiro. Caso os processos não venham a ser julgados em conjunto, a decisão deverá sair no mesmo mês.

A audiência

A audiência, que começou às 14h25 desta terça-feira no auditório do Tribunal do Juri da Justiça Federal do Rio de Janeiro, no Centro da cidade, terminou por volta das 17h. A denúncia contra o empresário foi feita pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) e aceita pela Justiça em 16 de setembro. Durante a sessão, o empresário se mostrou tranquilo, e trocou mensagens em redes sociais.

A primeira testemunha de acusação a depor foi o especialista da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Fernando Soares Vieira. A segunda testemunha que depôs foi o economista José Aurélio Valporto, que informou ter investido em ações da empresa de Eike.

O economista especializado em mercado de capitais, José Aurelio Valporto, declarou que denunciou o empresário para o MPF devido ao anúncio de uma descoberta de cerca de 1 bilhão e meio de barris de petróleo recuperáveis em 14 de outubro de 2009. No entanto, de acordo com ele, "o que sabemos hoje é que é absolutamente impossível estimar volume recuperável, de acordo com informações da Agência Nacional de Petróleo (ANP)". Ele completou que as informações "constam na investigação promovida pela CVM".

Às 16h30 desta terça-feira (18) começou o terceiro e último depoimento, do engenheiro e ex-funcionário da OGX Mauro Coutinho Fernandes. O juiz informou no início da audiência que nesta terça, no entanto, que seriam ouvidas cinco testemunhas de acusação e acrescentou que outras — que também foram arroladas pela denúncia Ministério Público Federal de São Paulo — seriam ouvidas no dia 17 de dezembro por teleconferência. Uma das testemunhas não teria sido intimada a tempo. Até momento, não foi informado o motivo pelo qual a quinta testemunha não prestou depoimento.

Testemunhas de defesa do empresário serão ouvidas no dia 10 de dezembro, segundo o juiz Flavio Roberto de Souza.
Tags: Juiz pretende juntar - Após o fim da prime

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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