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Lindbergh diz que Dilma errou ao iniciar campanha no Rio ao lado de Pezão

Publicada em 26 de Julho de 2014 �s 08h12


Rui Falcão e Lindbergh Farias no Sindicato dos Bancários no Rio Rui Falcão e Lindbergh Farias no Sindicato dos Bancários no Rio  Na presença de militantes do PT e do presidente nacional do partido, Rui Falcão, o candidato ao governo do Rio senador Lindbergh Farias afirmou, nesta sexta-feira, que a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, errou ao fazer o primeiro ato de campanha dela com o seu adversário, o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB. Segundo Lindbergh, Dilma se equivoca quando vincula a sua imagem a Pezão e ao PMDB. Foi a primeira vez que o senador petista se manifestou sobre o movimento "Dilmão", lançado na quinta-feira em uma churrascaria de São João de Meriti. — Na nossa avaliação, para a campanha dela, há uma vinculação excessiva ao PMDB, que está traindo, está muito rejeitado no estado. Isso é ruim para a campanha dela — disparou Lindbergh, que participou de ato com a militância no Sindicato dos Bancários, no Centro do Rio. saiba mais Aécio adia agenda no nordeste para se concentrar no sudeste Número de candidatas cresce, mas 30% das coligações não cumprem lei Dilma se reúne com aliados e prega otimismo com economia Deputado relata propina por apoio a candidato de Campos Ibope mostra Dilma com 38%, Aécio com 22% e Campos com 8% Leia mais sobre Eleições 2014 Segundo o senador, essa atitude de Dilma não está animando a militância do PT: — A Dilma já havia feito várias agendas institucionais com o Pezão. Começar a campanha novamente com o Pezão vincula muito a imagem. E isso não é bom. No Rio, o PMDB foi o epicentro das manifestações de junho do ano passado. Isso não anima a militância. Não acho que se deva começar uma campanha eleitoral com essa agenda. A Dilma tem que fazer uma agenda para cima, para frente — concluiu Lindbergh. Em seu discurso, Rui Falcão afirmou que Lindbergh representa "a mudança". Para o presidente nacional do PT, o pior já passou: a pressão sofrida pelo partido para retirar a candidatura de Lindbergh feita pelo PMDB do ex-governador Sérgio Cabral. — Agora vem o mais fácil, que é ganhar a eleição — disse Falcão, sendo aplaudido pelos militantes. Imagem: Marcelo Piu / O GloboRui Falcão e Lindbergh Farias no Sindicato dos Bancários no Rio Mais cedo, Rui Falcão se encontrou com outros candidatos ao governo do Rio da base aliada da presidente Dilma. Ele almoçou com o deputado Anthony Garotinho (PR) e em seguida encontrou com o senador Marcelo Crivella (PRB). Ao lado de Crivella, Falcão disse que Dilma intensificará o esforço dos militantes para conquistar o voto dos evangélicos. Quando teve o primeiro encontro do dia, com Anthony Garotinho (PR), Rui Falcão disse que as campanhas do ex-governador e de Dilma se completam. — O Garotinho não quer exclusividade. Ele quer reciprocidade. E a reciprocidade virá agora. Foi um debate sobre as duas campanhas, que se entrelaçam, se completam — disse Rui Falcão após ter se encontrado com o candidato do PR. Os dois, no entanto, ainda não definiram uma data para que Dilma participe de um evento público com o deputado. Já se sabe, porém, que a presidente visitará conjuntos habitacionais na Zona Oeste com Garotinho. Na presença de Garotinho, o presidente do PT ressaltou que o ex-presidente Lula avalia a possibilidade de vir ao Rio participar da campanha de Lindbergh. — Na Bahia, o Lula vai com toda certeza. Tem a sucessão do governador Jaques Vagner, que é de apoio à Dilma. Do outro lado, é quem apoia o Eduardo (Campos, candidato à Presidência pelo PSB), e o Aécio (Neves, candidato tucano à Presidência). Não tem problema se o Lula for à Bahia, em Pernambuco ou em Minas Gerais, onde ele já esteve. No Rio, o Lula quer analisar bem o correr da eleição para não ter nenhum desequilíbrio em relação à campanha da presidente Dilma — disse Falcão, em referência aos planos do ex-presidente fazer campanha ao candidato petista. O jantar de ontem, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, provocou uma crise no PT do Rio e deixou o senador constrangido. — Qualquer candidato gostaria de ter exclusividade. Mas essa exclusividade não se pode dar mesmo sendo a presidenta do mesmo partido do Lindbergh. Ele tem compreensão disso. No fragor da disputa, a pessoa (Lindbergh) manifesta algum desagravo — disse Falcão. O jantar de Dilma com Pezão reuniu 10 dos 11 prefeitos do PT. O único que não compareceu foi o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, um dos coordenadores da campanha de Lindbergh. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, participou da organização do evento e até ajudou a pagar a conta de cerca de R$ 21 mil na churrascaria Oásis. O vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT), um dos coordenadores estaduais da campanha Dilma no Rio, também compareceu. — Se ele (Rodrigo Neves) está apoiando um candidato de outro partido (Pezão), está desautorizado. Quando alguém se elege no PT, assina uma carta compromisso para cumprir regras e a fidelidade partidária — ressaltou Falcão, que pela manhã se reuniu com o prefeito Eduardo Paes (PMDB). No entanto, o presidente nacional do PT minimizou a presença de petistas no jantar com a presença de Pezão, adversário de Lindbergh: — Os prefeitos foram cumprimentar a Dilma. Encaro isso com naturalidade. Agora, se alguém (do PT) manifestar apoio público a candidato (ao governo) de outro partido, será desautorizado por nós.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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