Piaui em Pauta

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Mais de 40 municípios decretam

Mais de 40 municípios decretam situação de emergência no semiárido piauiense.

Publicada em 18 de Outubro de 2018 �s 16h23


Agora, a população de Fronteiras e de cinco outros municípios de região, que somam cerca de 50 mil pessoas, são abastecidas por uma adutora que traz água de outro açude o Piaus, que fica no município de São Julião. Mas esse reservatório também está em uma situação crítica, com menos de 13% da capacidade.

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Na casa da dona de casa Francisca Carneiro água na torneira é coisa rara. "Há muito tempo que não amanhece com água, tem dia que chega 12h, uma hora da tarde e depois de duas, três horas, falta de novo. E tem passado de três, quatro dias, sem chegar nem um pingo", afirma.

O coordenador estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Djalma Policarpo, explica que é necessário que as pessoas economizem água. "Nós temos uma segurança hídrica para essa população até o final do ano, mas desde que aja o racionamento", pontua.

A dona de casa Maria da Natividade encontra água para beber em torneiras pela rua. Ela enche os baldes e leva para casa, mas para as atividades domésticas ela tira dinheiro do benefício social que recebe do governo e pagar o carro-pipa.

"Eu pago cento e vinte na carrada d'agua. Não dá nem um mês. É pesado. Nós só temos a bolsa família mesmo. Não temos emprego, não temos outro salário, nem nada, só isso mesmo", explica a dona de casa.

A Operação Carro-Pipa está suspensa em 39 cidades piauienses. O comandante do 25º BC, responsável pela ação do Exército em 27 desses municípios esclarece que a suspensão foi uma ordem do Ministério da Integração Nacional.

"Nesses municípios a operação está parada porque estão com o decreto emergencial vencido e recebemos a ordem do Ministério da Integração para interromper a operação. Quando recebermos a ordem para retomar a operação nesses 27 municípios, ela vai acontecer", informa o comandante.

Mas para muitas famílias a situação é antiga. Como na casa do agricultor Teodoro Maximiano, na Zona Rural de Paulistana, visitada há três anos pela reportagem da TV Clube. Na época, eles cavavam buracos no leito de um riacho que havia secado para conseguirem água.

Atualmente, a família do agricultou continua sem acesso a energia elétrica e não dispõe mais do riacho seco para abastecer-se. A única fonte de água da família é da chuva e do carro-pipa, que ele não lembra a última vez que passou pela região.

"Estamos sem água de beber. Precisamos de um poço nessa região, mas a energia não tem. Promessa tem muito, que dizem que vão fazer e nunca chega aqui", relata o agricultou.

Procurados, o DNOCS comunicou que vai investir dez milhões de reais na instalação de 570 poços na região do semiárido piauiense dentro do prazo de quatro meses.


A secretaria da Defesa Civil afirmou que distribui água nas áreas urbanas afetadas pela seca, além disso, disse que está perfurando novos poços e construindo reservatórios para melhorar a situação.Agora, a população de Fronteiras e de cinco outros municípios de região, que somam cerca de 50 mil pessoas, são abastecidas por uma adutora que traz água de outro açude o Piaus, que fica no município de São Julião. Mas esse reservatório também está em uma situação crítica, com menos de 13% da capacidade.

Na casa da dona de casa Francisca Carneiro água na torneira é coisa rara. "Há muito tempo que não amanhece com água, tem dia que chega 12h, uma hora da tarde e depois de duas, três horas, falta de novo. E tem passado de três, quatro dias, sem chegar nem um pingo", afirma.

O coordenador estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Djalma Policarpo, explica que é necessário que as pessoas economizem água. "Nós temos uma segurança hídrica para essa população até o final do ano, mas desde que aja o racionamento", pontua.

A dona de casa Maria da Natividade encontra água para beber em torneiras pela rua. Ela enche os baldes e leva para casa, mas para as atividades domésticas ela tira dinheiro do benefício social que recebe do governo e pagar o carro-pipa.

"Eu pago cento e vinte na carrada d'agua. Não dá nem um mês. É pesado. Nós só temos a bolsa família mesmo. Não temos emprego, não temos outro salário, nem nada, só isso mesmo", explica a dona de casa.

A Operação Carro-Pipa está suspensa em 39 cidades piauienses. O comandante do 25º BC, responsável pela ação do Exército em 27 desses municípios esclarece que a suspensão foi uma ordem do Ministério da Integração Nacional.

"Nesses municípios a operação está parada porque estão com o decreto emergencial vencido e recebemos a ordem do Ministério da Integração para interromper a operação. Quando recebermos a ordem para retomar a operação nesses 27 municípios, ela vai acontecer", informa o comandante.

Mas para muitas famílias a situação é antiga. Como na casa do agricultor Teodoro Maximiano, na Zona Rural de Paulistana, visitada há três anos pela reportagem da TV Clube. Na época, eles cavavam buracos no leito de um riacho que havia secado para conseguirem água.

Atualmente, a família do agricultou continua sem acesso a energia elétrica e não dispõe mais do riacho seco para abastecer-se. A única fonte de água da família é da chuva e do carro-pipa, que ele não lembra a última vez que passou pela região.

"Estamos sem água de beber. Precisamos de um poço nessa região, mas a energia não tem. Promessa tem muito, que dizem que vão fazer e nunca chega aqui", relata o agricultou.

Procurados, o DNOCS comunicou que vai investir dez milhões de reais na instalação de 570 poços na região do semiárido piauiense dentro do prazo de quatro meses.


A secretaria da Defesa Civil afirmou que distribui água nas áreas urbanas afetadas pela seca, além disso, disse que está perfurando novos poços e construindo reservatórios para melhorar a situação.ípios decretaram situação de emergência no semiárido piauiense. A seca atinge milhares de pessoas e a população precisa percorrer distâncias para buscar água e esperar o abastecimento através da Operação Carro-Pipa, do Exército Brasileiro, que está suspensa em grande parte das cidades.

O agricultor Antônio Valdeci Arraes percorre oito quilômetros na Zona Rural do município de Pio IX em busca de água. "É complicado, quem não tem o poço tem que cavar cacimbão ou tem que ir buscar longe. Eu mesmo percorro quatro quilômetros, ida e volta. Tem gente que pega água mais longe do que eu", conta.

O açude Cajazeiras que deveria abastecer a cidade está praticamente seco com menos de 2,5% da capacidade. O açude Barreiras, que fica em Fronteiras, está com 2% do volume de água.

"É de cortar coração. Uma coisa dessas. O que eu já vi aqui nesse açude e o que estou vendo hoje é uma tristeza grande. No tempo que ele era cheio a gente bebia a água, era a maior beleza do mundo", relata a agricultora Antônia Maria da Silva.

Há cerca de cinco anos essa era a principal fonte de abastecimento da população de fronteiras. Mas atualmente, o pouco de água que restou não serve para o consumo humano. "Nem para lavar roupa ela não presta. Para banhar não presta que dá coceira", diz a agricultora.



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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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