Marido de apedrejada diz que pol�cia n�o impediu crime

Publicada em 29 de Maio de 2014 �s 12h30

Imagem: Reprodu��oClique para ampliar O�marido de uma mulher paquistanesa apedrejada at� a morte por sua pr�pria fam�lia disse � BBC que a pol�cia presenciou o crime e nada fez. Gr�vida de tr�s meses, Farzana Parveen foi assassinada em plena luz do dia, em frente ao edif�cio da Alta Corte da cidade de Lahore. saiba mais Mulher � apedrejada at� a morte pela pr�pria fam�lia no Paquist�o Funcion�rio da Cruz Vermelha � sequestrado no Paquist�o Leia mais sobre Paquist�o Ela havia se casado com Muhammad Iqbal por vontade pr�pria, mesmo ele sendo processado por seus parentes, que acusavam o homem de ter sequestrado a mulher e a obrigado a se casar. Os dois haviam ido ao tribunal contestar tais acusa��es. A fam�lia era contr�ria ao casamento e por isso matou Farzana ao espanc�-la e agredi-la com tijolos."Eles [os policiais] viram Farzana ser morta e n�o fizeram nada", disse seu marido Muhammad Iqbal. Casamentos arranjados s�o a norma no Paquist�o e se casar contra a vontade da fam�lia � impens�vel em muitas comunidades profundamente conservadoras. Farzana era prometida a um primo. A chefe de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que estava "profundamente chocada" e pediu que o governo do Paquist�o tomasse "medidas urgentes e fortes". Muitas mulheres s�o punidas com a morte por parentes, acusadas de desonrar a fam�lia. Os chamados "assassinatos de honra" continuam a vitimar mulheres paquistanesas. Iqbal descreveu os policiais como "vergonhosos" e "desumanos" por n�o terem parado o ataque. "N�s est�vamos gritando por socorro, mas ningu�m ouviu. Um dos meus parentes tirou a roupa para chamar a aten��o da pol�cia, mas eles n�o intervieram", contou. O pai de Farzana Parveen depois se entregou � pol�cia, mas outros parentes que participaram do ataque ainda est�o livres. Amea�as Iqbal afirmou que ele e sua fam�lia estavam sendo amea�ados. "Ontem [ter�a-feira], eles disseram que iriam roubar o cad�ver. Viemos aqui com uma escolta policial", contou. O chefe da pol�cia local Mujahid Hussain disse que alguns deles foram presos e outros est�o sendo investigados. Farzana vinha de uma pequena cidade nos arredores de Lahore. Seus parentes abriram um processo por sequestro contra Iqbal, seu marido, no Supremo Tribunal. Os rec�m-casados foram ao tribunal de Lahore para contestar o caso, mas Farzana j� havia inclusive testemunhado � pol�cia que havia casado por sua pr�pria vontade. Iqbal disse � BBC que quando o casal chegou ao tribunal na ter�a-feira para contestar a a��o, os parentes de sua esposa estavam l� e tentaram lev�-la embora. Enquanto ela lutava para libertar-se, eles a arrastaram, a jogaram no ch�o, atiraram-lhe tijolos e esmagaram sua cabe�a. Ela morreu na cal�ada. A Comiss�o de Direitos Humanos do Paquist�o diz que 869 mulheres foram mortas em "assassinatos de honra" no pa�s no ano passado, embora acredita-se que o n�mero real possa ser maior.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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