BRASÍLIA - A operadora de saúde Hapvida, dona da maior presença nas regiões Norte e Nordeste, é acusada de pressionar médicos para cumprirem metas de prescrição de kit covid para pacientes mesmo com a ineficácia comprovada dos medicamentos receitados para Covid-19, como mostraram mensagens, áudio e relatos revelados pelo GLOBO na sexta-feira. Agora, um ex-funcionário da companhia, o médico Felipe Peixoto Nobre, detalhou à reportagem como ocorria o que classifica como assédio para receitar tratamento precoce, com direito a uma lista de médicos considerados ofensores e ameaças de demissão.
Éramos vistos como inimigos e marcados com uma bandeira vermelha. Recebi quatro visitas no ambulatório do médico-líder em menos de um mês. Me disseram que eu corria o risco de ser desligado do plano, caso eu não prescrevesse o kit covid. A chefia sabia exatamente quem prescrevia ou não, porque estavam fazendo auditoria nos prontuários, um absurdo total — relata ao GLOBO.
Na reportagem completa, exclusiva para assinantes, você lerá o relato completo do médico, que também acusa a operadora de se recusar a fazer testes de detecção do coronavírus nos primeiros meses da pandemia, e saberá quais são os desdobramentos da investigação contra a Hapvida.