Piaui em Pauta

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MPF denuncia 5 militares reformados pela morte de Rubens Paiva

Publicada em 19 de Maio de 2014 �s 15h50


O ex-deputado Rubens Paiva foi morto e teve seu cadáver ocultado na época. O ex-deputado Rubens Paiva foi morto e teve seu cadáver ocultado na época. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta segunda-feira (19), cinco militares reformados do exército pelo homicídio e ocultação de cadáver do ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar. Todos também vão responder por associação criminosa e três deles por fraude processual. Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarO ex-deputado Rubens Paiva foi morto e teve seu cadáver ocultado na época. De acordo com as invesyigações do MPF, a tortura e assassinato de Rubens Paiva ocorreram dentro do Destacamento de Operações de Informações (Doi). O ex-comandante do Doi general José Antônio Nogueira Belham e o ex-integrante do Centro de Informações do Exército no Rio (Cie) Rubens Paim Sampaio foram denunciados por homicídio triplamente qualificado. Segundo o MPF, eles podem pegar até 37 anos e seis meses de prisão. O coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos e os militares Jurandyr Ochsendorf e Souza e Jacy Ochsendorf e Souza são acusados de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa armada. Se somadas as penas previstas para os três crimes, os acusados podem pegar mais de 10 anos de prisão, segundo o MPF. O Ministério Público Federal ainda pediu na denúncia que os militares tenham suas aposentadorias cassadas e que os órgãos militares retirem medalhas e condecorações obtidas por eles ao longo de suas carreiras. Em março, o coronel reformado do Exército, Paulo Malhães, de 76 anos, revelou à Comissão da Verdade que o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971 durante a ditadura militar, foi jogado em um rio de Itaipava, na Região Serrana do Rio. Ele falou também de outras pessoas torturadas na "Casa da Morte" que os agentes da repressão usavam, também na Região Serrana. No mês seguinte, Paulo Malhães morreu após assalto dentro de sua casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele coordenou o Centro de Informações do Exército no Rio (CIE), durante a ditadura militar. Em declarações publicadas no jornal O Globo, em março, o coronel revelou o destino dado ao corpo de ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971. Rubens Paiva foi torturado e morto em dependências militares, no Rio. Segundo Paulo Malhães, os restos mortais foram enterrados numa praia e, mais tarde, desenterrados e jogados ao mar. O coronel Paulo Malhães confirmou parte dessa história à Comissão da Verdade. De acordo com o depoimento à Comissão, o coronel confirmou ser ele o responsável pelo desaparecimento de Rubens Paiva. Mas, segundo a Comissão da Verdade, o coronel apresentou uma versão diferente e disse que o corpo do ex-deputado teve o mesmo destino de outras vítimas da ditadura e foi lançado nas águas de um rio em Itaipava. Ainda segundo a Comissão, as informações eram compartilhadas nas Forças Armadas. “Havia conexão entre as três forças sempre, entre as policias militar civil e sempre o comandante do Exército, ministro e o ditador no caso, a gente não pode chamar nenhum deles de presidente, sabiam de tudo e sempre davam as ordens”, afirmou. Morte de Malhães O coronel reformado Paulo Malhães foi morto dentro de casa, no bairro Ipiranga, na área rural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, no dia 25 de abril, pouco mais de um mês após revelar à Comissão da Verdade que o corpo de Rubens Paiva foi jogado em um rio. Segundo a Divisão de Homicídios da Baixada, a casa do coronel de 76 anos foi invadida por volta das 13h do dia 24. Segundo sua mulher, Cristina Batista Malhães, ela e o caseiro teriam sido feitos reféns até 22h. De acordo com depoimento prestado pela viúva do coronel, pelo menos três homens – um deles com o rosto coberto – invadiram o sítio de Malhães. Os criminosos fugiram levando armas que o oficial colecionava e dois computadores. Rogério Pires, caseiro do coronel reformado Paulo Malhães, foi preso cinco dias depois da invasão, pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), por suspeita de participação no crime que causou a morte do militar. Pires teria facilitado a ação dos bandidos que invadiram o sítio de Malhães em Nova Iguaçu na última quinta-feira (24). De acordo com a DHBF, o homem confessou o crime e foi preso por latrocínio (roubo seguido de morte) após prestar depoimento.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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