Publicada em 14 de Novembro de 2014 �s 15h42
Doze mulheres assistidas pelo Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência da Defensoria Pública do Estado do Piauí foram contempladas com casa própria durante sorteio especial realizado pela Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (CMPM), que é ligada à Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Semtcas).
A inclusão das doze assistidas entre as beneficiadas pelo programa de moradia, que é desenvolvido em conjunto com a Caixa Econômica Federal, se deu através de um trabalho de conscientização e sensibilização desenvolvido pelos integrantes do Núcleo da Mulher, tendo à frente a assistente social Mauricema Holanda Nunes. Ela explica que as contempladas são mulheres que, além de terem sido vítimas de violência doméstica, estavam sem moradia para elas e seus filhos menores de idade, necessitando ser inseridas em programas que resgatassem sua cidadania.
"Essa conquista é o resultado de uma luta de todo o Núcleo. Nossa perspectiva é promover a autonomia dessas mulheres, combatendo não apenas a violência e buscando a punição do agressor, mas incluindo elas em políticas públicas que possam contribuir para mudar a realidade em que se encontram. A garantia da casa própria um grande passo para melhorar a qualidade de vida delas. Para isso buscamos todas as parcerias possíveis, sendo esta com a Coordenadoria Municipal uma das mais positivas no processo de aquisição da moradia", afirma Mauricema.
O trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do Estado do Piauí foi feito levando em consideração os casos mais críticos, já que o programa de moradia desenvolvido pela Semtcas e Caixa prevê inicialmente contemplar somente pessoas que vivam em área de risco ambiental, não apontando o critério da violência doméstica como prioritário. Daí a necessidade de elaboração de um diagnóstico que foi estruturado pelo Núcleo, através do qual foi possível comprovara real carência dessas mulheres.
A gerente de Defesa dos Direitos da Mulher da CMPM, Marcilane Gomes Batista, disse estar emocionada. "Estamos muito felizes. Aqui estão mulheres que vivem em situação de extrema necessidade, de violência de gênero, doméstica e familiar. Aqui estamos vivendo um momento histórico. Ao conseguir essas casas vocês serão exemplo de valorização por representarem esse coletivo de conquistas, que conseguimos através dessa parceria com a Casa Abrigo e a Defensoria Pública", pontuou.
Segundo Mauricema Holanda, ainda existem muitas mulheres atendidas pelo Núcleo necessitando serem inseridas em políticas públicas dessa natureza, por isso mesmo será dada continuidade ao trabalho de sensibilização do Poder Público, para que em um breve futuro sejam elas também contempladas.