Piaui em Pauta

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A desinternação começou a ser feita no início de março deste ano.

Pactuação entre secretarias viabiliza desinternação de pacientes com transtorno mental

Publicada em 30 de Março de 2016 �s 16h07


Uma pactuação feita entre as secretarias de Justiça e Saúde do Piauí, Poder Judiciário e Ministério Público está viabilizando a desinternação de pacientes com transtorno mental em conflito com a lei que estão da Unidade de Apoio Prisional (UAP), antigo Hospital Penitenciário Valter Alencar. A desinternação começou a ser feita no início de março deste ano.

Do total de 19 pacientes, quatro foram desinternados e entregues às famílias; sete estão em processo de ingresso no Serviço de Residência Terapêutica do Estado; um foi transferido para o Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu e três aguardam autorização judicial para internação no Hospital; dois estão em processo de retorno para as famílias; e dois faleceram.

Na prática, portanto, com a reformulação do Hospital Penitenciário - atendendo à Lei 10.216/2001, que trata da reforma psiquiátrica e torna dispensáveis os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico -, os pacientes judiciários que hoje estão na unidade estão sendo desinternados e encaminhados para as residências terapêuticas, Hospital Areolino de Abreu ou para suas famílias.

De acordo com Agatha Knitter, coordenadora de Saúde Prisional da Secretaria de Justiça, a Unidade de Apoio Prisional (UAP) é voltada, agora, apenas para atenção básica à saúde, recebendo internos das unidades prisionais para acompanhamento de pré e pós-operatório e procedimentos simples, deixando de fazer internação de paciente judiciários, com transtorno mental ou não.

Agatha observa, ainda, que a Diretoria de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria da Secretaria de Saúde do Estado (Ducara), em 2011, deu parecer desfavorável à situação do Hospital Penitenciário Valter Alencar como unidade hospitalar, por ter características de presídio, o que também reforça a iniciativa da extinção do Hospital.

"A desinternação dos pacientes com transtorno mental oferecerá a eles o retorno ao convívio social e familiar, melhores condições de tratamento e assistência à saúde mental. O que estamos fazendo é, ao regularizar a situação, oferecer a eles essa estrutura para recuperação, um direito deles e uma missão da Secretaria da Justiça", pontua a coordenadora de Saúde Prisional.

Provimento Equipes das secretarias de Justiça e da Saúde e da diretoria do Hospital Areolino de Abreu se reuniram, recentemente, com representantes da Vara de Execução Penal e da Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Piauí, para apresentar a proposta de protocolos de atendimento a pacientes judiciários em conflito com a lei no âmbito do sistema prisional.

Na reunião, que aconteceu na sede do Fórum Cível e Criminal de Teresina, foi definido que a proposta será transformada em provimento da Corregedoria Geral de Justiça, que expedirá recomendações aos juízes sobre os procedimentos a serem adotados, a partir de agora, no que diz respeito aos pacientes com transtornos mentais que estejam em conflito com a lei.

Segundo a Coordenação de Saúde Prisional da Secretaria de Justiça, a Sejus esta viabilizando a inclusão da Unidade de Apoio Prisional na Política Nacional de Atenção à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), garantindo recursos financeiros para habilitação de Equipes de Saúde no Sistema Prisional no local.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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