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Polícia indicia coronel da PM

Polícia indicia coronel da PM por morte de gerente em Miguel Alves.

Publicada em 29 de Abril de 2014 �s 22h18


 O tenente coronel da Polícia Militar Erotildes Messias de Sousa Filho foi indiciado pela morte de Admyston Rodrigues Alves, gerente de banco morto durante um tiroteio entre assaltantes e a PM em Miguel Alves, em abril de 2013. Durante a divulgação do inquérito que apura as circunstâncias do ocorrido, realizada nesta terça-feira (29), a Polícia Civil afirmou que o militar tem responsabilidade penal, já que foi dele a decisão de manter as barreiras que incitaram a troca de tiros entre os criminosos e a PM, que culminou com morte de Admyston.

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No dia 30 de abril de 2013, um grupo invadiu a agência do Banco do Brasil de Miguel Alves, a 113 km de Teresina. Os assaltantes levaram reféns e durante a fuga deram de frente com uma barreira da PM, onde houve o confronto.
Segundo o delegado Higgo Martins, o gerente foi usado como escudo por um dos assaltantes que estava no banco dianteiro do passageiro. "A vítima foi colocada sobre as pernas do criminoso e levou dois tiros. Nenhum tiro foi efetivado na traseira do veículo pois os policiais sabiam que havia um refém dentro dele", disse.



O inquérito responsabilizou o coronel Sousa Filho, comandante da operação, pelo ocorrido. "Embora no primeiro momento as barreiras tenham sido dispostas para conter os assaltantes do banco, a decisão de mantê-las nos mesmos pontos estabelecidas pelo comandante contribuiu para que houvesse o confronto que teve como desfecho a morte de um dos reféns”, afirmou o documento. Eroltildes foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A coletiva confirmou o que o ex-secretário de segurança Robert Rios já havia revelado em agosto de 2013, que os tiros que mataram o gerente foram feitos por armas da PM. Entretanto, o relatório não diz a quem pertencia a arma que disparou os tiros fatais. “O objetivo principal não era saber quem de fato realizou os disparos, mas a sim a responsabilidade pela morte”, apontou o delegado geral da Polícia Civil, James Guerra.



O delegado Robert Bezerra Lavor afirmou que a conclusão do inquérito será enviada para a Justiça, em Miguel Alves. “Eles terão 15 dias para oferecer denúncia e decidir se o crime é comum ou militar”, disse.
O inquérito de 965 páginas e sete volumes é composto pelo material colhido durante o depoimento de 32 militares, 24 testemunhas, laudos periciais, fotografias, exumação do corpo e simulação do crime.
Sandra Maria Lima, mulher do gerente, que também acompanhou a apresentação, disse que a conclusão do trabalho policial não trouxe nada de novo. “Não foi nenhuma surpresa esse resultado, agora eu quero que seja feita justiça, que os culpados pela morte do meu marido paguem e que essa morte não seja mais uma em vão”, afirmou.

O advogado Roger Gurgel, que representa a família da vítima, disse que o estado será processado. “Como foi culpa do estado, a família vai pedir indenização”, finalizou.
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Fonte: GLOBO �|� Publicado por: Da Redação
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