O Delegado Geral de Polícia Civil do Piauí, James Guerra, negou a existência de uma lista que circula nas redes sociais com nomes de pessoas marcadas para morrer em Teresina. Segundo ele, a relação não se trata de nada oficial, mas a polícia está monitorando alguns perfis na internet e intensificando as ações em áreas onde há maior ocorrência de homicídios.
Em Teresina, os altos números de crimes assustam a população e as mortes com características de execução aumentam cada vez mais. Somente neste ano em Teresina a Polícia Civil já prendeu mais de 2.800 pessoas, sendo que pelo menos 110 delas teriam cometido homicídios.
“Na verdade essa lista relaciona pessoas que já tem envolvimento com crimes e não é nenhuma lista oficial, trata-se apenas de ameaças que existe entre grupos rivais. A lista apareceu em redes sociais que também é monitorado pela polícia. Utilizamos vários meios para investigar e monitorar, mas nem todos são revelados pela polícia”, disse.
O delegado destacou que a Secretaria de Segurança tem feito algumas ações em áreas onde há maior ocorrência de crimes. “Já identificamos três pontos com mais ocorrências de homicídio na capital e estamos trabalhando com todas as policias. A Polícia Militar tem feito um trabalho especializado nessas áreas e a Polícia Civil tem trabalhado com a Delegacia de Entorpecentes, pois a maioria dos crimes estão relacionados com as drogas; a Inteligência da Secretaria de Segurança, pois são elas que planejam as ações e a Delegacia de Homicídios, que investiga os casos”, explicou o delegado.
Na última terça-feira (2) a Delegacia de Entorpecentes realizou uma operação e prendeu 14 pessoas que estavam escondidas em uma área da capital. No local foram apreendidas oito armas de fogo, dentre elas duas pistolas. Após investigações, a polícia descobriu o envolvimento de algumas pessoas em pelo menos cinco dos homicídios que estavam sendo apurados pela Delegacia de Homicídios.
O delegado afirmou ainda que com a ação da polícia e com as novas prisões consiga diminuir as incidências de crimes. “Não é só a ação da polícia, mas também de vários órgãos. Um apoio maior do Governo Federal e de fiscalização da entrada e saída de substâncias entorpecentes”, finalizou James Guerra.