Depois da vexatória eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo de 2014, o técnico da Itália, Cesare Prandelli, assumiu sua parcela de culpa pelo fiasco italiano no Mundial e pediu demissão do cargo.
"Eu falei com o dirigente da FIGC (Federação Italiana de Futebol) e disse que me demito, visto que o projeto é meu. E o projeto falhou", disse Prandelli, no início da coletiva de imprensa.
O presidente da FIGC, Giancarlo Abete, foi à coletiva ao lado de Prandelli e também pediu demissão do seu cargo, mas aconselhou o técnico a repensar sua decisão."Vou continuar fazendo isto [trabalhar com esporte], pensei, refleti sobre a necessidade de guardar os interesses de um mundo tão complexo que é o do futebol... Vou continuar [no esporte], mas gostaria de libe rar a Federação de qualquer tipo de problemática, então, espero que a Federação aceite [o pedido de demissão]", disse Abete.
"Espero que ele [Cesare Prandelli] retire o pedido de demissão... A minha decisão é irrevogável, vou convocar uma reunião, notificar o conselho [da FIGC] e depois vamos tentar retomar com um novo dirigente. O novo presidente terá o meu apoio incondicional", completou o agora ex-dirigente.
Minutos antes, Prandelli havia dado seu comentário sobre a derrota para o Uruguai em Natal. "É o tipo de jogo que pode acontecer tudo. Demos garra, é absurdo ficar com 10 em uma partida desse tipo. Por causa da expulsão o juiz determinou o jogo. É claro que quando você joga na bola pode pensar em faltas, mas não houve", afirmou, logo na saída do gramado.
O técnico italiano também culpou a si próprio pela eliminação italiana aós o apito final. "A Itália irá superar esse momento, tentamos jogar até o final. O Uruguai nem chutou ao gol e fez um gol. Foi um erro. Assumo toda a responsabilidade. Tínhamos pernas e um time bom, e claro que se a gente jogar em certas condições fica muito difícil. Jogamos dois jogos às 13h".
A Itália se despede da Copa do Mundo pela segunda vez seguida na fase de grupos, algo que não acontecia desde 1966.
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