Piaui em Pauta

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Previdência Complementar não atingirá os atuais servidores.Previdência Complementar não atingirá os

Publicada em 20 de Novembro de 2015 �s 13h58


 O projeto de lei que institui o plano estadual de previdência complementar, que está em tramitação na Assembleia Legislativa, não atingirá os atuais servidores públicos estaduais. Segundo o superintendente de previdência do Estado do Piauí, Marcos Steiner Mesquita, apenas os servidores contratados após a vigência da nova lei, com a efetiva autorização do Ministério da Previdência, estarão afetados pelo novo regime de contribuição, mas de forma opcional, sem a exigência de obrigatoriedade de adesão.

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Marcos Steiner explica ainda que mesmo assim nem todos os servidores vão contribuir com a previdência complementar, mas apenas aqueles que receberão salários acima do teto fixado pelo Regime Geral de Previdência Social, que atualmente é de R$ 4.663,00. “O servidor que receber salário abaixo desse valor estará isento da previdência complementar. Aqueles que ganham R$ 10 mil, R$ 15 mil ou qualquer salário acima do teto válido para o pagamento de aposentadoria vão contribuir para que tenham uma renda maior no momento da sua aposentadoria”, afirma.

Ele disse também que essa medida está sendo feita agora mas com o pensamento no futuro das finanças previdenciárias do Estado. “Se isso tivesse sido feito há 15, 20 ou 30 anos o Estado não estaria agora com um deficit de R$ 1 bilhão por ano nas contas previdenciárias. Os futuros governadores é que terão mais tranquilidade em suas contas, pois esse é um projeto feito com o pensamento lá adiante”, afirma. Steiner diz também nos moldes atuais no último dia de pagamento da folha salarial, quando recebem os aposentados e pensionistas, o Estado dispende mais de R$ 60 milhões.

Com a aplicação da previdência complementar o Estado não pagará mais pensões de R$ 10 mil, R$ 20 mil, pois o teto da nossa previdência será o mesmo do INSS, que paga aposentadoria de no máximo R$ 4.663,00. “Essa economia não será sentida agora, mas somente em 2035 ou 2040, quando os servidores que forem contratados nos próximos anos estarão se aposentando. Para os atuais o regime permanece sem alteração, pois a lei não pode retroagir para prejudicar”, declarou.

O líder do Governo, deputado João de Deus (PT) disse que as conversas com os demais parlamentares estão bem adiantadas e que nos próximos meses a matéria será discutida com mais profundidade. Ele também confirmou que os policiais militares a serem contratados a partir da vigência da lei também estarão abrangidos, desde que recebam acima do teto do Regime Geral da Previdência.



Caixa poderá administrar a Previdência Complementar

O superintendente de previdência do Estado, Marcos Steiner Mesquita, disse que apesar de a lei autorizar a criação da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Piauí para que esta administre e execute os planos de benefícios, outra instituição autorizada pelo Banco Central poderá ser contratada para esta finalidade. “Sabemos que os custos desta administração poderá ser alto e outras entidades com mais conhecimento técnico, como a Caixa Econômica Federal, poderão executar esse serviço por valores mais baixos, mais estrutura e maior tecnologia”, disse. O projeto de lei prevê que a nova fundação será estruturada na forma de direito privado, sem fins lucrativos, dotada de autonomia administrativa, financeira e gerencial, como sede e foro na capital do Piauí.

A fundação terá o conselho deliberativo como órgão máximo na definição da política geral de administração da entidade e dos planos de benefícios previdenciários, com seis membros; o conselho fiscal com quatro membros; e a diretoria executiva, com quatro cargos.



Aprovação do Ministério da Previdência só em 2016

Marcos Steiner Mesquita afirmou que a simples aprovação da lei criando a previdência complementar não garante o seu imediato funcionamento, sendo necessária a aprovação do Previc (Fundo de Previdência Complementar do Ministério da Previdência) para que a nova modalidade seja implantada.

“O que estamos fazendo é nos adiantando, criando a lei para que, quando formos ao Previc, já termos em mão o instrumento legal que habilita o Estado a operar o novo sistema, o que deverá ocorrer no próximo ano”, disse. A proposta piauiense tem como espelho a previdência complementar do Espírito Santo, Estado onde o sistema já está em funcionamento, assim como nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O Ceará também está em fase de implantação.



Todos os poderes farão parte da previdência complementar

A Previdência Complementar do Piauí abrangerá os servidores públicos titulares de cargo efetivo dos Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, Ministério Público e do Tribunal de Contas, suas autarquias, inclusive as de regime especial e fundações públicas do Estado do Piauí.

Também estão inclusos os membros da magistratura, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, empregados públicos celetistas vinculados a autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas estaduais, cuja investidura no cargo tenha se dado a partir da vigência da lei.



Durvalino Leal - Edição: Caio Bruno

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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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