Pris�es de irm�o de Dirceu e m

Pris�es de irm�o de Dirceu e mais 2 s�o prorrogadas na Lava Jato.

Publicada em 07 de Agosto de 2015 �s 22h17

O juiz S�rgio Moro, respons�vel pelos processos da Lava Jato na primeira inst�ncia, prorrogou por mais cinco dias, nesta sexta-feira (7), as pris�es tempor�rias de Roberto Marques, ex-assessor do ex-ministro Jos� Dirceu; de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irm�o de Dirceu, e de Pablo Alejandro Kipersmit, ex-s�cio de Dirceu na JD Assessoria e Consultoria. O grupo est� detido na carceragem da Superintend�ncia da Pol�cia Federal (PF) desde segunda-feira (3).

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A atual fase da Lava Jato, batizada de "Pixuleco" (apelido para propina), investiga um esquema de fraude, corrup��o e lavagem de dinheiro na Petrobras. O foco s�o irregularidades em contratos com empresas terceirizadas.
"A medida, por evidente, n�o tem por objetivo for�ar confiss�es. Querendo, poder�o os investigados permanecer em sil�ncio durante o per�odo da pris�o, sem qualquer preju�zo a sua defesa", escreveu o juiz no despacho.
Pris�es prorrogadas
No despacho, o juiz Sergio Moro diz que Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irm�o de Jos� Dirceu, admitiu � Pol�cia Federal que recebia pagamentos mensais de R$ 30 mil em dinheiro, em esp�cie, do lobista Milton Pascowitch. Ele afirmou, por�m, que desconhecia a origem do dinheiro ou o motivo dos pagamentos, conforme o despacho.
"Tamb�m admitiu aparentemente que pagamentos efetuados por empreiteiras ap�s a condena��o de Jos� Dirceu n�o teriam sido efetuados a t�tulo de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a t�tulo de "aux�lio".", cita o juiz.
Roberto Marques, que foi assessor de Dirceu, tamb�m admitiu � PF que recebia R$ 30 mil por m�s, em esp�cie, do escrit�rio de Jos� Dirceu. Os pagamentos eram feitos a t�tulo de "ajuda financeira", segundo o depoimento, e duraram 35 meses. Ele negou rela��o com os crimes.
Com rela��o a Kiepersmit, presidente da Consist Software, a PF relatou que apreendeu material que permitiu concluir que as empresas do Grupo Consist pagaram mais de R$ 15 milh�es em contratos com a JAMP - empresa de Pascowitch. "Pablo Alejandro Kiepersmit confirmou o contrato com a JAMP e Milton Pascowitch, mas, aparentemente n�o conseguiu explicar os servi�os contratados pela JAMP", diz o juiz.
Para justificar a prorroga��o das tr�s pris�es, Sergio Moro afirmou que � preciso que sejam feitos mais exames de materiais apreendidos, e investiga��es "sem perturba��o da prova".
Liberados
Moro decidiu n�o prorrogar a tempor�ria de outros dois investigados: Olavo Hourneaux de Moura Filho e J�lio Cesar dos Santos. Eles podem deixar a pris�o assim que os alvar�s de soltura, j� expedidos, sejam apresentados � autoridade policial. Eles est�o proibidos de viajar ao exterior, sob pena de ter uma pris�o preventiva decretada.
Na decis�o, Moro cita depoimento de Olavo Horneaux de Moura Filho em que ele admite ter recebido pagamentos de Milton Pascowitch, e que levou pedidos da empresa Hope para que Jos� Dirceu auxiliasse a empresa com sua inlu�ncia pol�tica. No entanto, o juiz afirma que mesmo a PF n�o considerou necess�ria a prorroga��o da pris�o.
Ainda conforme o juiz, Julio Cesar Santos confessou que utilizou uma empresa para ocultar dois im�veis de Jos� Dirceu. No entanto, Moro considerou o suspeito com "papel menor no grupo criminoso, com o que a prorroga��o da tempor�ria n�o � necess�ria".
J� com rela��o �s pris�es prorrogadas, Sergio Moro justificou a decis�o para que sejam feitos mais exames de materiais apreendidos, e investiga��es "sem perturba��o da prova".
Entre os presos nesta fase est�o o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, que cumpre pris�o preventiva. Segundo as investiga��es, ele teria participado da institui��o do esquema de corrup��o na estatal quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz In�cio Lula da Silva. O advogado do ex-ministro nega irregularidades e diz que a pris�o tem "justificativa pol�tica".
As pris�es tempor�rias prorrogadas s�o de:

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva – irm�o de Jos� Dirceu e s�cio dele na JD Consultoria. � suspeito de ir at� empresas para pedir valores para o esquema de corrup��o. A JD � suspeita de receber R$ 39 milh�es por servi�os que n�o foram feitos.

Roberto Marques - ex-assessor de Dirceu. Segundo a dela��o de Milton Pascowitch, ele recebia dinheiro e controlava despesas de Dirceu no esquema de corrup��o.
Pablo Alejandro Kipersmit – presidente da Consist Software. Segundo Pascowitch, a empresa simulou contrato de presta��o de consultoria com a Jamp Engenheiros, com a finalidade de repassar dinheiro ao PT atrav�s de Jo�o Vaccari Neto.

Pris�es tempor�rias n�o prorrogadas:
J�lio Cesar dos Santos – foi s�cio minorit�rio da JD Consultoria at� 2013. Uma empresa no nome dele � dona de um im�vel em Vinhedo que Dirceu usava como escrit�rio. O im�vel foi reformado como contrapartida da participa��o de Dirceu no esquema, segundo Pascowitch.
Olavo Hourneaux de Moura Filho – irm�o de Fernando Ant�nio Guimar�es Hourneaux de Moura, ele � suspeito de receber quase R$ 300 mil do esquema de corrup��o para o irm�o.
Presos que cumprem pris�o preventiva e que n�o t�m prazo para deixar a pris�o:
Jos� Dirceu - ex-ministro da Casa Civil e suspeito de receber propinas mesmo ap�s o julgamento do mensal�o.

Fernando Ant�nio Guimar�es Hourneaux de Moura – lobista suspeito de representar Jos� Dirceu na Petrobras, � apontado pelo MPF como respons�vel pela indica��o de Renato Duque para a diretoria de Servi�os da estatal.

Celso Araripe – gerente da Petrobras, denunciado na 14� fase da Lava Jato. � acusado de receber propina para providenciar aditivos em contrato da Odebrecht com a estatal.
Peti��o
Nesta sexta, o advogado Roberto Podval pediu para o juiz S�rgio Moro n�o prorrogar a pris�o tempor�ria de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Ele argumentou que o irm�o de Dirceu j� contribuiu "com tudo o que tinha que contribuir".

Repetiu o esquema do mensal�o'
O ex-ministro Jos� Dirceu "repetiu o esquema do mensal�o", disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista em Curitiba, nesta segunda. "N�o � � toa que o ministro do Supremo disse que o DNA � o mesmo. N�s temos o DNA, realmente, de compra de apoio parlamentar – pelo Banco do Brasil, no caso do mensal�o, como na Petrobras, no caso da Lava Jato."
Segundo ele, Dirceu foi "instituidor e benefici�rio do esquema da Petrobras", mesmo durante e ap�s o julgamento do mensal�o. Investiga��es mostram que o ex-ministro indicou Renato Duque para a diretoria de Servi�os da Petrobras e, a partir disso, organizou o pagamento de propinas. Duque j� � r�u em a��es penais originadas na Lava Jato.
"Jos� Dirceu recebia valores nesse esquema criminoso enquanto investigado no mensal�o e enquanto foi preso. Seu irm�o fazia o papel de ir at� as empresas para pedir esses valores." O procurador afirmou que esta foi uma das raz�es que motivaram o novo pedido de pris�o para o ex-ministro.
Tamb�m preso na Lava Jato, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irm�o do ex-ministro, era s�cio dele na JD Consultoria. Conforme as investiga��es, a empresa era usada para receber propina por contratos na estatal. O grupo de Dirceu tamb�m teria recebido dinheiro em esp�cie e por meio de "laranjas". Duas terceirizadas s�o investigadas por pagar propina: Hope e Personal Service.
"S�o empresas prestadoras de servi�os terceirizadas da Petrobras contratadas pela diretoria de Servi�os que pagavam uma presta��o mensal atrav�s de Milton Pascowitch [lobista e um dos delatores da Lava Jato] para Jos� Dirceu. Ent�o, � um esquema bastante simples que se repete", afirmou o procurador.
Em nota, a Hope declarou que sempre colaborou e continuar� colaborando com as autoridades. A empresa "tem certeza de que, ao final das apura��es, tudo ser� esclarecido".
A Personal Service disse que vai aguardar novas informa��es para entender o que est� acontecendo.

Tags: Pris�es de irm�o de - O juiz S�rgio Moro,

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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