Piaui em Pauta

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O projeto é financiado pelo CNPq através do Programa Antártico Brasileiro (Proan

Professor da Uespi participa de expedição à Antártica

Publicada em 03 de Março de 2015 �s 15h22


  												Professor  Hermeson Cassiano de Oliveira						 (Foto:Arquivo Pessoal)					Professor Hermeson Cassiano de Oliveira (Foto:Arquivo Pessoal)

Durante o mês de fevereiro, o professor doutor Hermeson Cassiano de Oliveira, do curso de Biologia da Universidade Estadual do Piauí, Campus Heróis do Jenipapo, esteve na Antártica participando do projeto de pesquisa “Evolução e dispersão de espécies antárticas bipolares de briófitas e liquens”.

O projeto é financiado pelo CNPq através do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e é coordenado pela Universidade de Brasília (UnB), com a participação de instituições nacionais e internacionais, incluindo a Uespi.

O professor Hermeson coletou amostras de briófitas em regiões da Patagônia e logo em seguida, embarcou a bordo do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel”, o qual percorreu os canais chilenos, atravessou o Mar do Drake, até finalmente chegar à Antártica.

Foram realizadas coletas de briófitas e líquens na Península Keller, nas proximidades da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz (ECAF) e por fim, foi montado acampamento de 10 dias na Ilha Ardley, juntamente com outros dois pesquisadores do projeto, onde foram coletadas cerca de 700 amostras de briófitas e liquens.

Segundo o docente, algumas das perguntas que os cientistas do projeto querem responder é “Como algumas espécies de briófitas e liquens que ocorrem no Ártico também chegam na Antártica? Será que estas espécies que ocorrem no Ártico e que parecem ser as mesmas que ocorrem na Antártica são, de fato, as mesmas?”.

“Se as espécies forem as mesmas, o próximo passo será tentar descobrir como só existem essas espécies no Ártico e na Antártica, se esses continentes nunca estiveram unidos nas placas continentais. Isto pode ocorrer porque existiu ou ainda pode existir um complexo de ventos que levem estruturas de reprodução das espécies de um polo para outro, ou porque as espécies têm elos de ligação por meio de cadeias montanhosas (como os Andes, por exemplo) ou ainda porque aves migratórias podem ter transportado ou ainda transportam material reprodutivo das espécies”, esclarece o professor.

Outro questionamento é “e se os cientistas descobrirem que as espécies do Ártico não são as mesmas que ocorrem na Antártica?” Segundo o professor Hermeson Cassiano, neste caso, há o interesse de se entender processos evolutivos e como o ambiente frio molda a forma destas plantas. O projeto terá duração de três anos, sendo este o primeiro ano de trabalho na Antártica.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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