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Protestos são luta por partici

Protestos são luta por participação popular, diz Dilma sobre plebiscito.

Publicada em 01 de Julho de 2013 �s 19h31


A presidente Dilma Rousseff se reuniu com seu ministeriado na tarde desta segunda-feira (1º). No meio da reunião, a presidente fez um breve pronunciamento e disse que os protestos que ocorrem no país são uma luta por mais representatividade, e por isso veio a ideia de fazer uma consulta popular.

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"É uma luta por mais direitos, mais representatividade", declarou. "O povo quer participar, daí a proposta de consulta popular. O povo deve ser consultado", declarou, emendando que por muito tempo se tentou fazer reforma politica e não foi possível.

Segundo a presidente, após os protestos, ficou clara "a importância da questão urbana no Brasil". "O que se quer são mais direitos, mais participação e, sem sombra de dúvida, mais ação enquanto cidadão. Nós consideramos o método plebiscito porque achamos que é importante que haja esse protagonismo da população."

A presidente explicou aos jornalistas o assunto da reunião extraordinária: "É uma reunião do ministério que tem por objetivo fazer uma discussão aprofundada de tudo aquilo que nos esperamos desses cinco pactos", disse a presidente, em relação aos pactos anunciados há uma semana, em reunião com governadores e prefeitos de todo o país.

A presidente afirmou que os protestos que ocorrem no país são diferentes do que houve em outras partes do mundo. "É importante que a gente frise a diferença dessas manifestações em relação ao que ocorre no resto do mundo", declarou. Segundo ela, os "indignados" da Espanha e o Ocuppy Wall Street têm em comum entre si a perda de direitos e a questão do desemprego, o que "não é o caso do Brasil, que tem uma das menores taxas de desemprego do mundo".

A presidente disse ainda que a primavera árabe lutava por democracia, e, por isso, também não seria semelhante ao movimento visto no país.
Pactos

A presidente detalhou alguns dos itens do pacto anunciado na semana passada.

Sobre transporte urbano, a presidente disse que no "mundo inteiro" ele é subsidiado e que está vendo a possibilidade de fazer um programa ainda mais robusto com governadores e prefeitos. Na semana passada, a presidente anunciou R$ 50 bilhões para o setor.

Sobre saúde, outro dos pactos, hoje Dilma voltou a se defender das críticas sobre a contratação de médicos estrangeiros. "Nós temos uma política que é dar prioridade para o médico brasileiro. Não havendo médico brasileiro, se chamaria médicos de outros países", disse.

Sobre a educação, outro dos cinco pactos, Dilma prometeu aumentar os gastos no setor. "Não há educação no mundo sem dar status a professor."
Reunião ministerial

O encontro ocorre na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência em Brasília. A reunião conta com a presença do vice-presidente Michel Temer. O titular das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está em viagem oficial ao exterior e enviou um representante ao local. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, está na Espanha e também não participa da reunião.

Além de ministros, foram ao Torto os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), assim como Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidência.

No fim de semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Saúde, Alexandre Padilha. Hoje pela manhã, a presidente recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo Bernardo, Dilma vai orientar os ministros a darem continuidade aos projetos do governo e dar informações sobre como estão sendo encaminhadas as reivindicações dos movimentos sociais.

O encontro acontece depois de três semanas de protestos pelo país e dias depois de pesquisas do instituto Datafolha terem detectado queda de 27 pontos percentuais na popularidade da presidente em apenas três semanas. Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.

O Datafolha também divulgou pesquisa sobre as intenções de voto dos brasileiros para as eleições de 2014. A taxa de intenção de votos de Dilma caiu até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.

De acordo com o Planalto, esta é a terceira vez que Dilma se reúne com todos os ministros -- a primeira neste ano. As reuniões anteriores com todos os integrantes do primeiro escalão ocorreram em janeiro de 2011, poucos dias após a posse, e em janeiro de 2012. Este é ainda o primeiro encontro desde a criação do 39º ministério, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Tags: Protestos são luta - A presidente Dilma

Fonte: uol �|� Publicado por: Da Redação
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