Em greve há 10 dias em Teresina, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) acionou nesta segunda-feira (25) a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para mediar um acordo com os empresários. Segundo a categoria, até o momento nenhuma negociação foi feita.
Ao G1, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou que a situação permanece a mesma e que ainda não houve negociação.
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Motoristas e cobradores do transporte coletivo reivindicam melhorias nas condições de trabalho, afirmando que não há estrutura adequada, principalmente, para a prática de hábitos preventivos à infecção pelo coronavírus.
"Desde o início da pandemia, mais de 250 trabalhadores foram demitidos. Em março, recebemos apenas 25 dias de salário e de tickets. No mês de abril, as empresas aderiram a MP 936, pagaram os 30% e o governo já pagou os 70%, mas faltam pagar os tickets, plano de saúde e férias", revelou Fernando Feijão, presidente do Sintetro.
O sindicato também denuncia que 100% dos ônibus estão parados, porque as empresas se recusam liberar a circulação de 30% da frota, como determina a lei.
"Era para ter liberado para rodar a quantidade de 30% da frota, agora não estar rodando, porque as empresas não vêem nenhuma vantagem em colocar cerca de 28 a 30 ônibus", disse Fernando Feijão.
Decretos determinam distanciamento social
Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas. Aulas em escolas e universidades, a maioria das atividades comerciais, esportivas e de serviços em geral estão suspensas por tempo indeterminado.
Serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados continuam mantidos mas estão regulamentados. O atendimento em clínicas, hospitais e laboratórios, assim como o funcionamento de escritórios de advocacia e contábeis também foram liberados mediante cumprimento de regras.
O uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório em todo o estado. Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.
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