Publicada em 22 de Agosto de 2011 �s 01h00
De acordo com a decisão do STJ, o proprietário da fazenda, o senhor Marcos Vinícios de Aguiar entrou com Mandado de Segurança no Tribunal de Justiça do Piauí contra o secretário de Meio-ambiente, Dalton Macambira, que negou a licença ambiental do empreendimento. Macambira alegou que há suspeita de que a área seja terra pública, já que as áreas próximas são devolutas.
Marcos Vinícios já esteve preso no final do ano passado durante a operação Mercadores da Polícia Federal, que também prendeu o juiz de Parnaguá, Carlos Henrique de Sousa Teixeira. Eles foram acusados de formação de quadrilha na grilagem de terras no cerrado piauiense, a área mais fértil do agronegócio estadual.
De acordo com o Ministério Público do Piauí, Marcos Vinícios informou que conseguiu a fazenda Barra do Angico através de usocapião (domínio do bem após vários anos morando ou na posse). Porém, o documento apresentado de 1888 não informa quem era o proprietário anterior, que teria perdido o imóvel na Justiça. O Ministério Público colocou sob suspeita o documento apresentado pelo proprietário. “Causa estranheza a inexistência da identificação do proprietário que suportou o usocapião, já que as terras públicas não podem ser objeto dessa forma de aquisição de imóvel’, declarou o procurador Augusto César de Andrade, em seu parecer.
O procurador declarou ainda que a área dos cerrados piauiense ‘estreme de dúvidas’ com relação à grilagem de terras e que o Governo do Estado ainda não providenciou uma ação discriminatória na região para identificar os grileiros.