O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso que investiga o incêndio de uma casa no bairro Piçarra, Centro de Teresina, que matou um homem e deixou uma mulher com 50% do corpo queimado. Segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, o suspeito do crime é irmão da vítima e teria procurado atendimento psicológico após o crime.
"Rebemos nessa terça-feira a notícia de que o rapaz tinha falecido em decorrência do ato criminoso e decidimos abrir um inquérito para apurar. Sabemos que na madrugada do dia 30 de junho, a vítima deve uma discussão com o irmão durante a madrugada e depois foi dormir no quarto com a companheira, mas deixou a porta aberta. O suspeito aproveitou e pegou um galão de querosene, espalhou no local, ateou fogo e fechou a porta com cadeado pelo lado de fora", contou Barêtta.
De acordo com o delegado, familiares relataram que o suspeito tinha tentado recentemente matar o irmão com um machado e abusar sexualmente da própria mãe. Por segurança, a vítima Luís Pereira Gonzaga instalou uma porta com chapa de ferro no quarto.
"Após o crime, o suspeito pegou um táxi e procurou o Hospital Areolino de Abreu para se internar, mas não tinha vaga e ele foi para o Caps [Centro de Atenção Psicossocial] da Zona Sul. Ele foi identificado como José Fernando Pereira Gonzaga, de 48 anos, que segundo a família, seria esquizofrênico", revelou.
Diante da abertura do inquérito, o coordenador da DHPP solicitou perícia no local, a oitiva de testemunhas e do suspeito. O delegado também pretende oficializar o Hospital Areolino de Abreu e o Caps para saber o quadro de saúde do suspeito, além requisitar o exame de insanidade mental pelo Instituto de Medicina Legal (IML).
"Falaram que o suspeito tem pertubação mental, mas se tiver condições de prestar depoimento, ele será ouvido. Precisamos saber se ele tem pertubação, histórico de doença mental, se no dia do crime ele tinha entendimento que estava praticando. Porque se o suspeito for uma pessoa com deficiência mental, ele pode cumprir medida de segurança ou internação. Então vamos concluir o inquérito e remeter a Justiça", acrescentou Barêtta.
TERESINA