Tribunal analisa recurso da de

Tribunal analisa recurso da defesa de condenados por estupro coletivo no PI.

Publicada em 03 de Junho de 2016 �s 13h24

A 1� C�mara Criminal Especializada do Tribunal de Justi�a do Piau� analisa nesta sexta-feira (3) um recurso feito pela defesa que pede a absolvi��o dos tr�s adolescentes condenados pelo estupro coletivo em Castelo do Piau�. Os advogados pedem a absolvi��o dos adolescentes alegando falta de provas. O crime aconteceu no dia 27 de maio do ano passado. A sess�o ocorre de portas fechadas a pedido da Defensoria P�blica.
Os rapazes e mais um adulto, identificado como Ad�o Jos� da Silva Sousa, foram apontados pelo Minist�rio P�blico Estadual e pela pol�cia como autores da s�rie de atrocidades cometidas contra quatro garotas que foram estupradas, agredidas e arremessadas do alto de um penhasco de cerca de 10 metros de altura. Uma delas, Daniely Rodrigues, n�o resistiu aos graves ferimentos e morreu ap�s 10 dias internada na UTI do Hospital de Urg�ncia de Teresina (HUT).

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O desembargador Edvaldo Moura � o relator do processo. Antes de iniciar o julgamento, ele informou que os tr�s adolescentes n�o participaram da sess�o e explicou que a Corte julgar� nesta sexta-feira (3) o recurso de tr�s atos infracionais que eles foram condenados: pr�tica de quatro estupros, tr�s tentativas de homic�dio e um homic�dio (a morte de Daniely, uma das v�timas).

O prazo para cumprimento dessas medidas � de tr�s anos, podendo ser estendido, j� que os menores ser�o avaliados a cada seis meses.

“Cabe � defesa recorrer da primeira decis�o e procurar o segundo grau de jurisdi��o, C�mara Criminal que vai manter a decis�o do juiz ou reform�-la. O que ficar decido nesta sess�o ainda � pass�vel de recurso, mas dessa vez no Supremo”, declarou Edvaldo Moura.

Tr�s desembargadores, sendo um relator, um representante do Minist�rio P�blico e um defensor participam da sess�o. Edvaldo Moura explicou ainda que a sess�o ser� aberta pelo juiz e logo em seguida o defensor p�blico Gerson Henrique Sousa inicia a defesa.

Gerson Henrique pede a absolvi��o dos tr�s menores no crime de estupro e ter� 15 minutos para apresentar a defesa de cada um deles. 'A tese da defesa ser� a negativa da autoria. Acreditamos que n�o existem provas que atestam a culpa dos menores no estupro, porque apenas Gleison (que foi morto) assumiu a autoria e apontou os outros adolescentes. At� os laudos n�o apontam material gen�tico deles', argumentou o defensor.

O procurador de justil�a Ant�nio Ivan da Silva disse que atuar� como fiscal da lei, mas que, se for necess�rio, tamb�m argumentar� em defesa da tese do Minist�rio P�blico. Para ele, os adolescentes s�o culpados. "O processo estava bem fundamentado e n�o h� d�vidas da participa��o dos menores no crime", destacou.

Inicialmente, o julgamento seria acompanhado por representantes do Minist�rio Publico, juiz e desembargadores, defensores, estudantes e professores de Direito, mas a pedido da Defensoria P�blica com base no artigo 146 do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA), a Corte decidiu realizar o julgamento �s portas fechadas.

Um ano ap�s o crime

Em maio, o G1 conseguiu entrevistar com exclusividade os tr�s adolescentes condenados pela Justi�a. Eles dizem ser inocentes e que confessaram o crime ap�s serem torturados pela pol�cia. Ad�o Sousa, o �nico maior de idade, denunciado como mentor do crime tamb�m concedeu entrevista e afirmou: 'N�o sou estuprador'.
Ainda no m�s de maio, a reportagem ouviu uma das v�timas que falou sobre seus planos para o futuro. Ap�s um ano, Renata* continua sendo acompanhada por uma psic�loga e assistente social do governo. Ela apresenta lapsos de mem�ria vez ou outra, mas n�o manifestou nenhum problema mais grave de sa�de.
“Tive dificuldade no in�cio das aulas porque n�o consegui lembrar de algumas mat�rias, mas a psic�loga disse que isso � normal. Algumas mat�rias como matem�tica, f�sica s�o mais dif�ceis e fa�o um esfor�o maior”, conta Renata.

A jovem diz que est� focada nos estudos e ir� fazer o Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) para tentar uma vaga no curso de medicina veterin�ria. As carreiras de nutricionista e assistente social tamb�m est�o nos planos, caso ela n�o tenha �xito a sua primeira op��o.

Tags: Tribunal analisa - A 1� C�mara Criminal

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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