Publicada em 16 de Março de 2016 �s 12h13
A administração superior da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) recebeu, na manhã desta terça (15), a visita do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), representado pela vice-presidente, Luziana Maranhão, e também pela agente fiscal do Conselho Regional da mesma área, Maria Rocha Lemos. O encontro ocorreu na reitoria da Uespi e teve como foco a possibilidade da criação do curso de Terapia Ocupacional na universidade.
O Piauí tem hoje apenas 57 profissionais da área atuando, sendo mais um dos estados que sofre com a carência dos terapeutas ocupacionais. Para mudar o cenário, o conselho federal tem visitado instituições como a Uespi no intuito de impulsionar a formação de mais profissionais dessa área. “Esses profissionais são necessários para as equipes de políticas públicas, como os Caps, centros de reabilitação, na assistência social, no sistema prisional, nas escolas e em diversas áreas, ainda mais nesse momento grave de crianças com microcefalia, visto que, reconhecidamente, são profissionais importantes nas equipes que cuidam da epidemia”, ressaltou Luziana Maranhão.
De acordo com o reitor da Uespi, Nouga Cardoso, a criação de um curso como esse seria de grande valia para a universidade, pois os futuros terapeutas iriam compor equipes importantes, que estão precisando de profissionais. “Se existe um programa estadual e federal que diz que quem pode atender a essas demandas é o terapeuta ocupacional e ele não existe, nós temos que formar. É uma responsabilidade do Estado”, afirma Nouga.
Ainda segundo o reitor, a Uespi abraça a causa. “Nós queremos contribuir com toda política de formação de pessoas que beneficie o estado, mas só podemos fazer isso com anuidade do governo estadual para garantir professores, técnicos e estrutura didático-pedagógica para um novo curso”, completa Cardoso.
Luziana Maranhão afirma que o terapeuta ocupacional atua no desempenho ocupacional das pessoas, tanto de forma preventiva quanto em casos em que a pessoa já está comprometida, e esse desempenho é a capacidade de desenvolver as atividades de forma adequada e com autonomia. “É a capacidade de auto-cuidado, de cuidar de si, de higienização, de autonomia pra se vestir, para se deslocar, para ter capacidade laborativa, para trabalhar e estudar, e também capacidade cognitiva. Nossa atuação é para desenvolver parcialmente ou recuperar totalmente todas essas capacidades, quando são comprometidas”, exalta a vice-presidente.
A tarefa agora é estabelecer um diálogo com o governo estadual, por parte dos conselhos regional e federal. “Nós vamos repassar essa necessidade para o dr. Marcelino Martins, presidente do Conselho Regional, mas acredito que vamos sim contar com a cooperação do governador”, finalizou Maria Rocha Lemos.