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Aéreas pedem socorro ao govern

Aéreas pedem socorro ao governo para evitar aumento das passagens.

Publicada em 20 de Agosto de 2013 �s 16h02


 As quatro maiores empresas aéreas do país, TAM, Gol, Azul e Avianca, apresentaram nesta terça-feira (20) ao governo federal uma série de medidas a ser adotada de maneira “urgente” para reduzir o custo de suas operações no país e, com isso, evitar o aumento das passagens aéreas nos próximos meses.

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As propostas foram apresentadas ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, pelo presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. O pedido de ajuda foi motivado principalmente pela alta no preço do querosene e pela subida do dólar nas últimas semanas, que elevou muito o custo das empresas – entre 55% e 57% das despesas das aéreas são dolarizadas.


Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a variação de preços na capital paulista, só no mês de julho as passagens aéreas registraram alta de 8,53% ante junho. No acumulado dos 7 primeiros meses do ano, entretanto, os preços reucaram 6,72% na comparação com o mesmo período de 2012. No acumulado dos últimos 12 meses, as passagens subiram 16,11%.
De acordo com Sanovicz, para cobrir o aumento das despesas desde o final de 2012, as empresas aéreas brasileiras já fizeram “ajustes” para reduzir custos, entre eles a demissão de funcionários. Mas com a alta do dólar nas últimas semanas, que elevou ainda mais gastos com combustível e manutenção dos aviões, as empresas não têm mais saída a não ser o aumento das passagens.

Pedidos
Para evitar o encarecimento das viagens aéreas, Sanovicz apresentou uma série de pedidos ao ministro Moreira Franco. Entre elas está a adoção de uma nova fórmula para estabelecer o preço no Brasil do QAV, o querosene usado nos aviões. A Abear defende que a despesa das empresas com o combustível caia dos atuais 41% para o patamar internacional de 33%.

Outro pedido é que o governo isente, por um período de até 240 dias, as empresas aéreas do pagamento de duas tarifas, de navegação aérea e de aproximação. Só essa medida, disse Sanovicz, levaria a uma redução de 6% no custo da operação das aéreas.

As aéreas também pediram a unificação no país, numa taxa de 6%, da alíquota de ICMS que incide sobre o QAV (hoje ela varia de 12% a 25% dependendo do estado); a extensão para o transporte aéreo da desoneração de Pis/Cofins proposta pelo governo para o transporte coletivo urbano; e uma maior abrangência do plano que prevê subsídio para passagens aéreas envolvendo voos para aeroportos regionais.

Sanovicz também pediu ao governo medidas para melhorar a infraestrutura aérea no país. Entre as medidas estão a ampliação e aceleração de obras para aumento de pátios, terminais e pistas em aeroportos considerados prioritários; instituição de programa para reduzir roubos e violação de bagagem de passageiros; e um “upgrade tecnológico” na estrutura de navegação aérea.

Dólar pressiona preços
Segundo Sanovicz, nas últimas semanas o preço médio das passagens aéreas já aumentou cerca de 4 pontos percentuais.

“Com esta última subida [do dólar, que ultrapassou a barreira dos R$ 2,40], a última represa que estávamos segurando [para evitar aumento das passagens] se rompeu”, disse Sanovicz. “Estamos repassando o aumento de custos para algumas rotas e estamos eliminando promoções”, completou.

Ele afirmou que já foi identificado um movimento, “muito pequeno ainda, mas importante”, de passageiros voltando a viajar de ônibus ao invés de avião.
Ministro diz que governo já vem adotando medidas
O ministro Moreira Franco disse que o governo está atento aos problemas do setor aéreo e já vem adotando medidas para reduzir custos e permitir o barateamento das passagens. Ele citou a decisão do governo de suspender aumento da tarifa de navegação e a proposta de subsídio para passagens envolvendo voos para aeroportos regionais (de menor porte).

Entretanto, o ministro não mostrou otimismo em relação a um dos principais pedidos feitos pela Abear: de barateamento no preço do QAV.

“Eu vejo dificuldade na questão do querosene. Já existe uma política da Petrobras, que respeita uma certa lógica, e não dá para afastar um setor [aéreo]. Acho difícil que se ande, que se avance nessa área”, disse o Moreira Franco.

Ele assumiu o compromisso de levar as propostas para discussão com outras áreas do governo e, em dez dias, deve marcar uma nova reunião com as empresas para debater o assunto.
Tags: Aéreas pedem socorro - evitar aumento

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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