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Aspirante da Marinha morre após passar mal em treinamento

Publicada em 26 de Maio de 2014 �s 10h50


 Faleceu neste fim de semana, no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, o aspirante a oficial da Marinha Jean Caleb Maroto Sousa após mais de 20 dias de internação devido a um mau súbito durante um treinamento na base do Corpo de Fuzileiros Navais, na Ilha do Governador. Imagem: DivulgaçãoClique para ampliar O rapaz de 22 anos estava em seu terceiro ano na Escola Naval, e no dia da instrução além dele mesmo, o também aspirante Vinícius da Cunha tiveram problemas respiratórios depois de participar de uma atividade em que precisavam passar por um túnel de 3 metros de comprimento, cheio de fumaça. Em nota à imprensa a Marinha informou que "o exercício em questão é regular e faz parte da prática profissional naval, prevista no programa de ensino da Escola Naval, tendo sido cumprido pelos demais 32 aspirantes fuzileiros navais sem incidentes". A morte do rapaz foi informada em um comunicado pelo Comando do 1º Distrito Naval, na noite do sábado (24), e apesar de todos os cuidados recebidos por Jean no Hospital Naval, a morte foi constatada às 19h35. "Reitera-se que as circunstâncias do fato estão sendo devidamente apuradas por meio de inquérito policial-militar já instaurado", diz o comunicado. Wadih Damous, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, classificou a morte do jovem Jean como "inaceitável", lembrando que esta não é a primeira ocorrência de morte durante treinamento na academia militar e dizendo que é preciso "reformar" a formação das Forças Armadas. "Claro que o treinamento militar pressupõe condições rudes e duras, requer uma série de habilidades e condições físicas de quem pleiteia seguir carreira militar, em contexto diferente daquela da vida civil. Agora, não pode chegar ao ponto de causar danos à integridade física dos recrutas, muito menos a morte", disse ele. O presidente ainda defendeu uma investigação detalhada e criteriosa do Ministério Público Federal (MPF). "Não se pode exigir do ser humano, mesmo daqueles que pretendem ser soldados, um esforço maior do que aquilo que seu corpo pode dar. E é o que acontece nesses treinamentos", completou.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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