Os brasileiros gastaram mais com alimentação, roupas e outras necessidades em 2013, reduzindo as despesas com lazer, férias e móveis para casa.
Essa é uma das conclusões de um relatório divulgado nesta quarta-feira (21) pela Mintel, empresa britânica de pesquisa de mercado. saiba mais Brasil perde força em disputa na OMC contra subsídio dos EUA ao algodão Clima econômico no Brasil não era tão ruim desde 1999 Setor público inchado atrapalha competitividade do Brasil, diz Financial Times Economista dinamarquês detona o Brasil e indica melhor investimento para fugir do caos Não são gastos públicos que estão pressionando a inflação, diz Mantega Leia mais sobre Economia brasileira
O relatório foi feito com base em pesquisa com 1.500 pessoas e compara o comportamento dos consumidores com aquele registrado em 2012.
De acordo com o documento, 50% dos consumidores aumentaram seus gastos com bebidas não alcoólicas, como sucos, refrigerantes e águas no ano passado. Além disso, 48% gastaram mais com alimentos e 40% com roupas e acessórios.
Na outra ponta, entre os produtos e serviços que foram os maiores alvos de cortes de gastos estão reforma e móveis para casa (35% dos entrevistados reduziram despesas com esses itens), lazer e entretenimento (34%) e férias (32%).
Os dados mostram que 44% dos consumidores mantiveram os gastos com produtos de limpeza no mesmo nível do ano anterior. O nível de gastos com produtos de saúde (remédios, por exemplo) também está entre aqueles mantidos por grande parte dos consumidores (34%).
Mais novidades nas prateleiras
De acordo com a Base Global de Novos Produtos da Mintel, em 2013 as categorias de alimentos e bebidas tiveram 21% mais lançamentos no mercado brasileiro do que em 2012. As novidades teriam feito com que o consumidor aumentasse as compras.
Por outro lado, 2013 foi o ano da retomada gradual das antigas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de móveis e eletrodomésticos, que tinham sido reduzidas no ano anterior. O aumento de imposto, segundo a Mintel, é uma das explicações para a queda no consumo de itens para o lar.