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Caso Mariana: suspeito chora

Caso Mariana: suspeito chora durante audiência e culpa outra pessoa por assassinato de universitária

Publicada em 26 de Setembro de 2019 �s 21h44


O suspeito de matar a universitária Mariana Bazza, de 19 anos, que foi achada morta depois de receber ajuda para trocar o pneu do carro, negou o crime durante a audiência de custódia e culpou outra pessoa. Mariana foi encontrada morta em uma área rural de Ibitinga (SP) nesta quarta-feira (25).

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Segundo o G1 apurou, Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos, chegou a chorar durante a audiência, e alegou que foi outra pessoa quem matou a jovem.

"A informação que temos é que essa terceira pessoa estaria com o veículo, mas na imagem demonstra que ele teria saído da chácara na condução do veiculo. Como eu disse, não há informações dessa pessoa, não há testemunha. Então, não vamos descartar, mas é pouco provável que exista essa terceira pessoa", afirma o delegado Durval Neto.

Após audiência, Rodrigo teve a prisão preventiva decretada e foi levado ao Centro de Detenção Provisória de Bauru. Ele tem diversas passagens pela polícia, incluindo estupro e roubo, e cumpria pena em prisão domiciliar.

"Ele não assume a autoria do crime. Ele apresenta uma versão, que teria um terceiro envolvido, e é isso. Ele fala que acompanhou esse terceiro. Ainda não há uma formalização de um depoimento. Ele manifestou que só falaria em juízo, então ele não apresentou ao delegado uma versão dos fatos", afirma o advogado de Rodrigo, Evandro Demétrio.


"Pediu, com base no princípio constitucional de não produzir prova contra ele mesmo, que ele manifestaria perante a autoridade policial. E ainda não chegou a essa fase", afirma o advogado de Rodrigo, Evandro Demétrio.

De acordo com o delegado Durval, o homem demonstrou ser calculista. "Ele me pareceu uma pessoa calma. Ele era calculista, frio, chorava muito, mas a gente percebia que ele dava respostas. Ele sabia o que ele estava dizendo e deu para perceber bastante que ele sabia o que a polícia iria procurar", afirma.

Enterro
O corpo de Mariana foi encaminhado ao IML de Araraquara por volta das 18h desta quarta-feira. Ela será velada no Velório Municipal de Bariri e o sepultamento será realizado no Cemitério Municipal.

O corpo da jovem que foi encontrada morta um dia depois de desaparecer em Bariri (SP) foi enterrado sob forte comoção no início da tarde desta quinta-feira (26), no cemitério municipal da cidade.

Parentes, amigos e moradores que acompanharam o caso estiveram presentes no velório, que se estendeu durante a madrugada e a manhã, e no enterro. Segundo um funcionário do cemitério, cerca de 1 mil pessoas estiverem presente no sepultamento, que ocorreu às 13h.

"Está sendo muito chocante, é muito triste. Uma moça muito alegre, muito boazinha. É triste porque a gente nunca ia esperar acontecer uma coisa dessas", relata Maria José Alves, moradora de Bariri que acompanhou o velório da jovem.

"Um momento de revolta mediante um crime tão bárbaro que foi. É difícil, sem palavras", comenta outra moradora.

Muitos moradores também se manifestaram pelas redes sociais. Homenagens foram postadas no perfil da jovem, que foi transformado em um memorial.

O namorado da jovem, Jefferson Viana, escreveu um longo texto em seu perfil no Facebook para falar sobre a perda. "Tudo que eu sinto resume em saudades de você, e queria te dizer isso pessoalmente, meu amor: para sempre eu vou te amar", declara o jovem na publicação que já teve milhares de compartilhamentos.

Mariana Bazza tinha 19 anos e estudava fisioterapia em uma faculdade particular de Bauru.

Entenda o caso
Na manhã de terça-feira (24), Mariana saiu da academia que frequentava em Bariri e percebeu que o pneu do carro estava murcho.

Um desconhecido se ofereceu para ajudá-la e a convenceu a levar o veículo até uma chácara em frente a academia, onde ele trabalhava de pintor. Desde então, a jovem não foi mais vista e, na manhã de quarta-feira (25), o corpo dela foi encontrado em uma área de canavial na zona rural de Ibitinga.

O suspeito Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos, passou por audiência de custódia na tarde de quarta-feira (25) e está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Bauru. ERodrigo le tem diversas passagens pela polícia, incluindo estupro e roubo, e cumpria pena em prisão domiciliar.

A investigação da polícia apontou que Mariana foi morta por Rodrigo, pois é ele quem aparece nas imagens da câmera de segurança da academia que a vítima frequentava conversando com a jovem. Ao sair do local, ela encontrou o pneu do carro esvaziado.

As imagens mostram o momento em que o suspeito aborda Mariana na saída da academia e os dois conversam.

Logo depois ele atravessa a rua e entra em uma chácara onde trabalhava como pintor. Mariana pega o carro, dá a volta na avenida e entra no imóvel onde o criminoso estava esperando para trocar o pneu do veículo.

A jovem chegou a mandar para o namorado uma foto do suspeito fazendo a substituição do pneu furado, para avisar o que tinha acontecido. A imagem ajudou a polícia a chegar até o suspeito.

A câmera também registrou o momento em que o carro da jovem deixa o imóvel, cerca de uma hora depois. Mas nas imagens não é possível ver quem estava na direção.

Com base nas imagens, a polícia identificou o suspeito e conseguiu fazer a prisão em Itápolis, a 60 quilômetros de Bariri, escondido no telhado de uma casa.

Rodrigo foi levado para a delegacia, onde inicialmente negou qualquer envolvimento com o caso, mas depois disse que sabia onde o corpo estava.

Com a localização fornecida pelo criminoso, a polícia encontrou Mariana morta em uma área de canavial em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, cidade próxima a Bariri.

O corpo foi encontrado em uma área de mata, próxima a rodovia, de bruços com as mãos amarradas para trás e um tecido no pescoço.

Aparentemente não havia sinais de crime sexual, mas segundo a polícia, somente a perícia vai apontar o que aconteceu, inclusive a causa da morte. A polícia ainda não sabe o que motivou o crime.


Tags: O suspeito de matar - Caso Mariana

Fonte: GLOBO �|� Publicado por: Da Redação
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