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Constituição mudou muito, mas

Constituição mudou muito, mas não no essencial, diz pesquisa.

Publicada em 05 de Outubro de 2013 �s 13h14


 Apesar de ter sido muito reformada --foram 80 emendas em 25 anos--, os "princípios fundamentais" da Constituição de 1988 sofreram poucas alterações. O que muda bastante, cerca de 70% dos acréscimos ou remodelações, são os dispositivos que tratam de políticas públicas sociais.

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São normas importantes, mas que, pela própria natureza, nem precisavam estar na Carta Magna. Poderiam existir como lei convencional.

A tese é defendida pelo cientista político Cláudio Couto, secretário adjunto da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais) e autor de uma série de trabalhos sobre o assunto em parceria com Rogério Arantes, da USP.

Conforme os pesquisadores, a Constituição cresceu quase 40% desde 1988. Mas nem o tamanho nem a frequência de alterações são vistos como problema.

"Em 1988, a Constituição virou um estuário de demandas sociais. É por isso que nasceu grande", diz Couto. "Muitas vezes isso é criticado. Mas na comparação internacional, as constituições que mais duram são as grandes. A dos EUA, enxuta e duradoura, é exceção".

Para ele, as emendas são frequentes justamente pelo fato de algumas políticas sociais terem sido constitucionalizadas. As alterações ocorrem, diz, por uma necessidade lógica: para implementar ou atualizar seus programas, os governantes sempre terão que mexer na Constituição.

O aspecto danoso, diz, está na consequência dessa necessidade: "Para mexer na Constituição, o presidente terá que ter uma maioria muito grande no Congresso. O preço disso é que acaba sendo alto, com a divisão da administração entre os partidos".

Tags: Constituição mudou - Constituição mudou

Fonte: folha.com �|� Publicado por: Da Redação
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