Um estudo realizado pela IDC, por encomenda da Microsoft, aponta que o uso de softwares piratas custa 1,5 bilhão de horas e US$ 22 bilhões aos usuários domésticos para identificar, reparar e recuperar equipamentos infectados. No caso de empresas, a conta chega a US$ 114 bilhões.
No Brasil, em dois anos, 50% dos consumidores com software pirata tiveram que reinstalar o programa e 57% optaram por desinstalar o programa porque estava prejudicando a performance da máquina. Além de perderem mais de 61 milhões de horas de consumo devido ao malware.
A pesquisa, intitulada O Mundo perigoso do software falsificado e pirateado, diz que as chances de infecção por malwares inesperados atingem um a cada três consumidores e três a cada 10 empresas que se valem de programas piratas ou falsos.
O estudo global analisou 270 sites e redes peer-to-peer (P2P), 108 downloads de software, 155 CDs ou DVDs e entrevistou 2.077 consumidores e 258 gerentes de TI ou CIOs no Brasil, China, Alemanha, Índia, México, Polônia, Rússia, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que se o software falsificado não costuma vir com o computador, em 45% das vezes ele vem da Internet. Destes, 78% são baixados de sites ou redes P2P, onde foi identificado algum tipo de spyware, enquanto que em 36% deles foram detectados Trojans e adware.
De acordo com a Microsoft, falsificadores interferem no código do software para inserir o malware e alguns deles registram cada toque de tecla que uma pessoa faz, permitindo que criminosos virtuais tenham acesso a informações pessoais e financeiras ou ativem remotamente o microfone de um computador infectado ou a câmera de vídeo.
Entre os consumidores a pesquisa mostra que 60% dos entrevistados sabiam que estavam utilizando software falsificado e tiveram problemas com segurança. Em 45% do tempo, o software falsificado havia diminuído a velocidade de seus PCs e o software teve que ser desinstalado.
O estudo diz também que 48% dos entrevistados disseram que sua maior preocupação com o uso de software não licenciado era a perda de dados e 29% roubo de identidade.