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Dilma: acho 'ridículo' dizer..

Dilma: acho 'ridículo' dizer que país corre risco de racionamento de energia.

Publicada em 27 de Dezembro de 2012 �s 14h13


 Depois de seguidos apagões que atingiram vários Estados recentemente, a presidente Dilma Rousseff descartou nesta quinta-feira (27) que haja uma crise de energia no país. A declaração foi feita em encontro de fim de ano com jornalistas, no Palácio do Planalto.

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Segundo Dilma, as empresas de energia não investiram adequadamente na manutenção do sistema elétrico durante anos, mas, a partir de agora, o quesito será melhor fiscalizado.

De acordo com a presidente, o compromisso do governo é fazer com que as interrupções de energia sejam superadas. "Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento de energia", disse

Dilma criticou a tentativa de colocar a culpa em fenômenos naturais, como raios. Segundo ela, se houve interrupção, houve falha humana. “No dia que falarem que [houve interrupção de energia porque] caiu um raio, vocês gargalhem."

“Raio cai todo dia. Um raio não pode desligar o sistema. Se cai, é falha humana. Não é sério dizer que o sistema caiu por causa de um raio”, disse Dilma mostrando fotos de satélites mapeando a constante incidência de raios no território nacional nos últimos dias.

“Tem que ser resistente ao raio, isolar e recuperar. Tem que ter bloqueio, estar blindado”.

Dilma: falta de luz no aeroporto do Galeão foi falha humana
Na avaliação da presidente, a interrupção do fornecimento de energia no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (26), que provocou atrasos em 19 voos, foi falha humana.

“No Galeão, foram duas coisas: falha humana, porque deveriam ter trocado o ar condicionado que estava velho, e sobrecarga, por causa da temperatura alta”, avaliou. Dilma disse que é preciso se antecipar e adequar os equipamentos para possíveis riscos. “Planejar é isso.”

Dilma não fala sobre mensalão
A presidente Dilma Rousseff disse que não se manifestará sobre o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, no qual dirigentes petistas foram condenados, entre eles, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

"Não me manifesto sobre decisões de outro Poder. Não estaria contribuindo para a governabilidade desse país", disse.

"Não posso esquentar considerações, tomar atitudes que possam, de alguma forma, interferir no funcionamento desses órgãos", acrescentou.

Dilma disse que, como presidenta da República, tem a prerrogativa de indicar ministros para preencher as cadeiras vagas no STF (Supremo Tribunal Federal), mas não tem ingerência sobre a atuação deles no tribunal. "Cada um vive sua vida" disse, acrescentando que mantém a devida distância.

Em relação às manifestações de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) em apoio a uma possível candidatura de Lula à Presidência em 2014, Dilma disse que não anteciparia o fim de seu mandato discutindo as próximas eleições. "Pretendo governar daqui a 2014 com absoluto empenho, como se fosse sempre o primeiro dia."

'2013 será um ano muito bom'
Sobre a economia do país, Dilma declarou que "2013 será um ano muito bom, e que investir em infraestrutura tem que virar agora uma obsessão".

A presidente disse ainda que o governo quer a inflação e as contas públicas sob controle e que fará tudo que for possível para que haja deficit nominal decrescente.

Governo diz que vai bancar redução na conta de luz
No início do mês, Dilma Rousseff disse que o "Tesouro do governo nacional" vai "bancar" a redução da conta de luz mesmo sem o apoio de todas as empresas elétricas ao plano.

O principal obstáculo ao plano do governo federal para baixar a conta de luz veio das estatais estaduais Cesp, Cemig e Copel, de São Paulo, Minas Gerais e Paraná --Estados administrados pelo PSDB, principal partido da oposição ao governo federal.

As três optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela União --com redução em torno de 70% da tarifa--, o que dificulta a meta de reduzir a conta de luz em 20% em média (considerando todas as empresas e os domicílios).

O que as concessões das elétricas têm a ver com a conta de luz mais barata?
Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.

Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam entre 2015 e 2017. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.

Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro.

Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro.




Tags: Dilma: acho ' - Depois de seguidos

Fonte: uol �|� Publicado por: Da Redação
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